quinta-feira, 9 de junho de 2016

Mora Morango, HUT, 08/06/2016


          Boa noite, querido diário. Hoje foi a minha segunda atuação no HUT. Estive com outras melhores companheiras do mundo: Alana Americana, Lulu Babalu e Jamaisvista de Listras. Obrigada meninas, por me receberem por um dia no grupo de vocês. 
          2º andar. Dessa vez foi diferente, é claro. Companheiras diferentes, pacientes diferentes... Andar diferente. Mas uma coisa posso dizer que foi igual: Eu não tinha nada em mente! hahah É bom você ir atuar sem pensar em nada. Na hora você vê! As ideias surgem a partir de você, a partir dos pacientes e a partir do jogo dos seus companheiros. 
          Tudo começou... Numa sala?Não. No corredor? Não... Num quartinho? Não... No banheiro! Sim! Depois de nos maquiarmos e trocarmos de roupa, chegou a hora de subir a máscara, Então entramos no banheiro, fechamos a porta, apagamos a luz e ao som de "Não me deixe sozinho, porque eu sou vida ..." subimos a máscara. Aí tudo começou. 
        É muito interessante a arte de atuar. Eu vou contar uma coisa a você que está lendo. Não se trata de algo incrivelmente mágico, nem de algo surpreendentemente diferente. É simples. É calmo. É singelo. Estamos ali lidando com vidas. Com pessoas tão parecidas ou tão diferentes de nós. Pessoas que se divertem com os jogos e que entram nele. Pessoas que somente nos escutam e respondem com poucas palavras. Pessoas que não vêm a hora de sair dali daquela cama. Então, naquele momento, o meu objetivo é conversar, é ouvir, é brincar e faze-las sorrir. Eu sinto muito prazer de ver o sorriso no rosto daquelas pessoas. Em alguns(ou vários) momentos, a energia cai. Mas nós continuamos ali trazendo algo diferente para aquela noite. 
         Essa foi a minha segunda atuação no Hospital e confesso que muitas vezes a Mora Morango deixa a Nayara aparecer de uma forma tão natural de repente: Puft, estou fora do jogo! A Mora Morango ás vezes veio de outro mundo, ela ás vezes mora ali, naquele hospital; ela fala de moda, inventa... E a Nayara... Está logo ali. Ela quer ler o nome de cada paciente, descobrir o porque ele está ali; Ela quer conversar mais tempo com os acompanhantes de quarto e ouvir o que eles tem a dizer... Mas sabe de uma coisa? Se não fosse essa oportunidade de ser Mora Morango uma vez por semana, a Nayara não estaria tendo esses encontros no HUT. Pelo menos, por enquanto, não. E o verdadeiro desejo da Nayara e o maior motivo de escolher medicina era examente esse: Lidar com vidas. 
Obrigada Deus. Obrigada UPI. Obrigada companheiras. 

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