E o meu tropeço dançava entre os corredores novamente.
E a mágica daquele lugar estava nos meus olhos, vivos e
brilhantes.
Encontrei os melhores companheiros do mundo, e o frio na
barriga aos poucos foi virando um calor no coração. A cada porta mergulhávamos em um universo,
nos acomodando numa lógica inconstante, brincando com incertezas sinceras.
Os primeiros passos são desajeitados. Mas estamos ali,
vivos!
Encontramos uma Shake Árabe lindíssima, e uma companheira da
Alexandrina finíssima. Navegamos pela terra dos Zé’s. Visitamos a moça que
aprendeu que banho de rio é melhor que banho de mar, a sua mãe que adorava
hospital e a mulher do Caribe. Aprendemos com duas supermodelos que seu sucesso
ia além da beleza incomparável, elas eram muito boas em amar e em ser gentil. Tanto
que ganhamos abraços deslumbrantes! Conhecemos o lugar mais cheiroso do mundo,
onde estava; a mãe e filha que mais pareciam irmãs, a dona de um salão que fazia
penteados com pompons coloridos e a senhora que não era briguenta, só falava a
verdade.
Conhecemos uma garota que tivemos tanta intimidade, misturada
com muita alegria, que ela nem precisava conversar com a gente, só falava up! E
respondíamos up! Então up! fomos atrás dela up! e de novo up! up!
up! up!
up! up! up! up! Mas
ela up! já precisava ir up! Nos pediu up! para visitar up! sua irmã que estava
no quarto 212 up! up!
Corríamos para a up-irmã quando, em uma janela, avistamos o
sorriso mais contagiante já visto na terra! Pausamos imediatamente nossa viagem.
Queríamos conhecer tantas pessoas alegres, mas, como não conseguimos atravessar
o vidro da janela, tivemos que entrar pela porta mesmo... Quarto adentro, tinha
uma família de gatões, o gatinho mexendo no celular, a gatona mãe do gatinho e
esposa do gatão, o senhor que mostrava todos os dentes e que havia nos
conquistado pelo vidro... Lá também tinha o senhorzinho que já estava indo pra
casa e um homem que tinha uma filha, e a filha colocou a irmã numa caixinha e ficava conversando com ela.
Retomamos nossa viagem e encontramos a up-irmã, descobrimos
que ela era beijoqueira e nem precisou treinar pro primeiro beijo! Ela gostou
muito da gente e achou que o Santiago tinha cara de beijoqueiro também!
A essa altura nossa energia fluía...
Coruja continuava esperta e Branca se soltava e crescia.
E minha jarra encheu de uma vez só! Estava repleta de água,
mas era água com gás, porque eu podia sentir as bolhas pela minha barriga,
fazendo cócegas na alma.
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