Começo
dizendo que tenho uma capacidade imensa de não me desapegar das coisas. Ou
seja: tudo que eu vi, li, cheirei e assisti encontraram espaço na minha pele e
foram me montando feito um quebra-cabeças de mim. Como se eu fosse um tecido
que foi se costurando e se rasgando para depois se remendar de novo com mais um
pedacinho que eu catei por aí ou que alguém me deu (ou que eu roubei). Fazendo
do meu coração uma espécie de caixa dos melhores momentos (ou piores), porque
tudo que se vive, querendo ou não, te atribui um jeito novo, que é só seu. É
exatamente assim que me sinto... Tudo se tornou um somatório que formam as
minhas características. Os sorrisos, os nãos, as musicas, as danças, o jeito
novo de fazer uma pessoa que a pouco tempo amputou sua perna escovar os dentes
e sorrir. O jeito lindo da Alice abrir o coração e “cantar, cantar a beleza da
vida”. Como isso tem me moldado, como vem me trazendo experiências positivas! Eu
vou vivendo ao máximo todas essas coisas que passam por mim, eu vou guardando tudo, vou
decorando os cheiros, os gostos, vou remoendo cada detalhe que é para viver os
detalhes pra sempre. A minha palavra do dia é: Alice! Foi tudo lindo. Queria
poder guardar o autógrafo pra sempre comigo, mas como não posso, guardo a lembrança
dele em uma foto.
Co
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