Era uma sexta complicada. Havia prova. Restava quase nenhum tempo. Havia esgotamento. Havia compromisso. Havia projeção.
Havia nariz. Havia direção. Pra onde apontar meu nariz.
Dessa vez, meio perdida entre monitoria e encontro, entre observar e jogar.
Me lanço nesso vácuo, que me puxa mas não me leva a lugar nenhum.
Despertar meu corpo desacordado não é fácil. Mas minha mente logo se ascende!
Um jogo meio arrastado demora a se acabar, mas o reconhecimento vem.
Reconhecer seria minha palavra do dia, como título daquela tarde de sol laranja e calor morno.
Laboquita reconhece o tempo de seu melhor companheiro.
Negresco reconhece que é capaz de se jogar.
E entre jogos mais dispersos e alguma fumaça sem fogo, pudemos reconhecer nosso melhor. Ali, juntos, numa janela. Nem precisamos entrar para encontrar. O um quadrado de vidro era nossa ponte. Trabalho corporal e harmonia, eramos um todo. E foi lindo.
Reconheço que minha exaustão não me deixou pipocando de energia, mas ela estava lá, e me movia... Mesmo não sendo o melhor possível, era meu melhor naquele momento, e eu me doei por inteira (ou o que ainda restava de mim rsrsrs)
Encontrei um sábio senhor nordetino, um seríssimo atirador de facas que também era equilibrista, a mulher de um índio, uma menina de olhar incrivelmente lindo que irá nos cantar uma música quando formos visitá-la, um brodá ( = brother = caba marrento ) que tinham atirado uma bala/um bomboins nele, um elegante senhorzinho de colar que gostava de passear...
A tarde ainda era dourada quando nós seguimos mais leves.
A gente se encontra até no cansaço, a gente reconhece nosso espaço!
ResponderExcluir