sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Lilica Arranha Céu - 13/08/2013 (HUT)

Terça a noite, atuação no Traumas. Quarta de manhã, prova de bioquímica. Terça a noite, observar atuação no Traumas. De madrugada, terminar de estudar pra prova de bioquímica. Terça a noite: atuar ou simplesmente observar a atuação - terapia, de um jeito ou de outro! Um presente!
Abstração do cotidiano. Submissão do "eu" e valorização do "nós". Sobreposição do coletivo ao individual. Implementação de um projeto que intenciona aliviar dores e sofrimentos que medicamento algum consegue. Olhar o paciente de outra forma. Ter os olhos mais amorosos do mundo. Interagir com ele de outro modo. Valorizá-lo. Ter atenção. Dar atenção. Representar pra ele uma interrupção na mesmice cotidiana geralmente fria do ambiente hospitalar, alimentando sua alma com a simplicidade de um sorriso, o sorriso dele. Concentrar energia e, com a força do pensamento (e do coração) construir carinho e amor para que os pacientes pudessem usá-los um pouco todo dia. Brincar com os nomes de pai e filha, paciente e acompanhante, José e Maria e perceber uma senhora em outro leito responder que a Maria não era filha de José, Jesus é que era. Ver outra senhora aguardar ansiosamente a chegada da surpresa anunciada pela enfermeira e testemunhar sua felicidade e entrega àquele momento, parecia uma criança feliz com o presente que ganhara. Como ela mesma disse "toda visita é boa, mas essa foi a melhor de todas!". Eu me emocionei! Como observadora pude enxergar coisas que quem está no jogo nem sempre consegue ver. O que a gente faz representa muito! Sancho, Frida e Maricota vocês mandaram muito bem, estavam lindos! Maricota, foi muito bom tê-la conosco. Fiquei encantada com a atuação de vocês, com o impacto disso naquelas pessoas (e em nós mesmos).  

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