Dessa vez, o hospital estava muito agitado. Apesar de já ser relativamente tarde para a rotina dos pacientes, já que o relógio já marcava mais de 20:00h, um número maior de pessoas estavam acordadas e dispostas a nos receber. Percebi que muitíssimas pessoas são bastante receptivas conosco e que grande parte já libera um vasto sorriso apenas ao perceber que adentramos este ou aquele recinto. E essa hospitalidade (literalmente) deixa ainda mais mágica as nossas visitações.
Vi que, externamente a alegria de nós ver, todos sofrem muito. E forte é simplesmente esse tipo de ser: aquele que encara a adversidade sem medo. Nossas ações de clown são combustíveis para gerar a força motriz para essa coragem inerente aos poucos mas espiritualmente amplos seres humanos. Ver pessoas com essa força nos instiga a continuar, mesmo que pouco a pouco, a insistir no amor e no cuidado. Somos, na verdade, combustíveis recíprocos.
Obrigado, Lisbela e Miojita. Vocês foram ótimas. E peço compreensão por parte da Amélia e da Loló Bicicletinha pela difícil decisão que tive que tomar; vocês podem até conhecê-la, mas creio que não são capazes de entender e/ou compreender na amplitude que eu gostaria que ocorresse.
Joaquim Marmiteiro
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