Primeira atuação como clown, e não podia ser melhor:
abraços grátis na feira da areia branca. Passada a euforia o desespero: “ mas
como se faz isso?” “É simplesmente chegar e abraçar?”. Foi aí que lembrei que
tantas oficinas não foram em vão, todos aqueles jogos não eram pra o nosso mero
divertimento. Ao sairmos da casa de Karol e atravessarmos para a feira a
energia e emoção eram tamanhas que explodiram em forma de lágrimas. Devo
confessar que de início não foi muito confortável ver tantos olhares curiosos
me observando, mas com o tempo me acostumei. Creio que o núcleo do dia para mim
foi encontro. Mas importante do que o abraço era o encontro, saber respeitar o
espaço do outro, encontrá-lo no olhar e somento no momento certo o encontro no
abraço. E foram tantos, cada um mais gostoso que o outro, foi uma imensa troca
de energia. Bem, diário me despeço aqui com um trechinho da música de Gilberto
Gil:
Ei! Hoje eu mando um abraçaço!
Um amasso, um beijaço,
Meu olhar de palhaço,
Seu orgulho tão sério...
Meu olhar de palhaço,
Seu orgulho tão sério...
Meu destino não traço,
Não desenho, disfarço,
O acaso é o grão-senhor.
Não desenho, disfarço,
O acaso é o grão-senhor.
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