terça-feira, 27 de agosto de 2013

Diário de Bordo - Mima Vulcão HUT 25.08.2013


Observar os melhores companheiros do mundo é tão importante quanto atuar! É importante por saber que você também faz parte do jogo, mesmo que não tenha subido o nariz junto com eles; é lindo por vê-los sorrir e brincar, proporcionando vida aos que os convidam às suas vidas, mesmo que brevemente. Mesmo de longe sentia suas vibrações e me deliciava com suas risadas, numa escuta atenta e minuciosa, para não perder nada dos jogos que surgiam de forma tão singela.
Muitos podem achar que o encontro só se dá enquanto clown, mas com sensibilidade podemos perceber que encontro é muito mais que isso: é permitir se desalojar ao se deparar com o outro. Quando focamos apenas em nós, em nossa atuação, podemos nos perder do que realmente importa, que é o olhar, o encontro. Mas quando nos deixamos perpassar, ser invadidos por aquilo que nos é dado como abertura pelo outro, podemos notar que um leque de possibilidades é aberto, e que a imensidão toma conta do que seria somente um quarto de hospital.
Estar com o outro, tanto o que está no leito quanto ao lado de meus companheiros, tem sido uma experiência rica, graciosa e única. Se os verei (os pacientes) novamente? Não faço ideia. Mas me permito estar ali, sempre afirmando que, tanto ele quanto eu, somos únicos no mundo.

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