quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Olivia Traço Preto- Dom Malan- 12/08/2013

Dessa vez iria apenas observar, enquanto minhas companheiras se arrumavam eu ficava ali também com um friozinho na barriga. Ao sair do salãozinho pra pegar água para usar a maquiagem uma garotinha se deu conta de que as palhacinhas estavam ali e contente gritou: mãe, as palhacinhas mãe!
Subiram o nariz e lá vamos nós, como elas estavam lindas, quanta energia e as crianças então nem se fala, a comunicação, o encontro fluía tão bem, confesso que me emocionei ali na oncologia e enquanto minhas companheiras brincavam com o danado Gabriel eu observava e tentava interagir de alguma forma com outra criança que chorava por que sua mãe teria que sair alguns instantes. Me aproximei e junto a uma das funcionárias do hospital tentava anima-lo e que lindo quando ele sorria e então falava de como gostava e chupava melancia.

 Aquele corredor ficou iluminado, nunca vi tanto sorriso, da janela observando  e olhando pra uma garotinha que tentava atropelar as companheiras com sua cadeira de rodas pensava: Aqui está o motivo deste trabalho, uma condição que seria de sofrimento pra muitos, se torno motivo de graça, de jogo. “ O sofrimento somente é intolerável se ninguém cuida” (Dame Cicely Saunders).

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