Olá, Diário. A atuação de hoje atrasou. Muito. Chegamos 08:30 no HDM mas
devido à alguns problemas com a maquiagem, só conseguimos entrar pra nos
arrumar 1 hora depois. Eu já estava desanimada e um pouco cansada mas quando Richelle
chegou, de repente, com a maquiagem, minha vontade de atuar, fez que as minhas
energias se renovassem... Então vamos!! A observadora da vez foi Loy. Eu, Jú e
Layla atuamos. Caju iria conosco porém, no dia, ele não acordou tão bem e não
pôde ir. Uma pena pois seria lindo ter a participação especial de “Deca” na
nossa atuação antes que o mesmo nos deixe, mas quem sabe teremos outras
oportunidades?... O que tenho pra dizer é que a atuação de hoje, pra mim, foi
bem melhor do que a última. Carminha estava mais solta, mais presente, mais
atenta e eu simplesmente esqueci de Júlia, de todas as provas e problemas durante
quase toda a atuação. Aquelas crianças me encantam de tal forma... o olhar de cada uma, hora de curiosidade, hora
de medo, hora brilhante, emanando alegria...
Resgato em mim a criança que já fui, se é que um dia eu deixei de ser.
Foram muitos visitantes ilustres: a menininha das três tranças, a menina da
cadeira de rodas que queria nos atropelar, a menininha desenhista, tão
debilitada fisicamente devido a uma acidente mas que em momento algum deixava
transparecer sofrimento, o garotinho da oncologia que não queria que fôssemos
embora, e por isso tivemos que inventar uma historinha pra sair. Sim, aquilo me
deixou com o coração apertadinho mas tínhamos outras pessoinhas pra visitar e
compartilhar nosso melhor olhar e nossa melhor energia. Descobrimos novos
lugares no hospital. Nossa querida amiga Lara nos mostrou um jardim dentro do
hospital, onde pudemos aproveitar um pouco dos raios de sol típicos da manhã.
Conversamos com as gestantes, com os internos e com o tio do trailer de
lanches. Então voltamos, para a salinha, depois de 1:40 de atuação... Após sairmos
do estado clown, fizemos a avaliação da atuação. Pontuamos as diversas coisas positivas
e também as negativas. Loy observou que teve um momento em que ao sairmos de
uma sala, com duas crianças, nos despedimos de uma delas, a que nos deu mais
atenção, e acabamos esquecendo da outra, que estava ao lado. Falha nossa... fiquei
bem chateada mas como os erros da vida também são aprendizados, fiz um promessa
a mim mesma: sempre falar com todos em qualquer ambiente que a minha clown entrar
mesmo que a pessoa não esteja tão disponível assim pro jogo. Bom, acho que é
isso. E o texto, pra variar, ficou grande porque eu simplesmente não domino a
arte de resumir ou escrever só o necessário, então acabo falando tudo o que eu
quero penso e sinto.
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