Processo. Primeira atuação no hospital. O que deveria ser branco não estava tão branco. Lá fora, o arco-íris, lindo! Aqui dentro, pontos pretos no fundo branco. A subida do nariz não foi boa e a Lilica não chegou inteira. A Mira disputou espaço com a Lilica e isso atrapalhou a atuação dela no jogo. A Mira trancou a caixinha da criatividade e a Lilica ficou meio perdida, sem enxergar elementos pra acrescentar no jogo. A Lilica não foi tão boa companheira. Sorte nossa que Sancho e Frida estavam se garantindo muito. E isso ajudou Lilica a ir ganhando o espaço da Mira. Lembrar de que precisamos ter "os olhos mais doces e amorosos do mundo" também ajudou.
No segundo tempo do jogo, precisando ganhar mais confiança e provar pra si mesma (e pra Mira) que a Lilica tem potencial pra ser boa, ela resolveu arriscar e fazer alguns jogos sozinha. Mas ela não se afastou muito do Sancho e da Frida! Isso foi necessário e, em alguma medida, deu certo. A Lilica conseguiu crescer um pouco e se soltar mais. Ela ficou tão satisfeita por ter conseguido, como Lilica, o sorriso de uma mulher triste e fechada que não queria olhar pra gente; por ter conseguido jogar com o cara sério que tirou o Sancho de tempo; por ter jogado prontamente um "respeitável público pagão, bem vindos ao Teatro Mágico" pra um ex-circense que encontramos no hospital. Foi massa! No final das contas deu tudo certo e a Mira chegou em casa feliz por ter começado, com vontade de "quero muito mais!" E a cabeça dela ficou fervilhando de possibilidades, o horizonte criativo se ampliando.
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