quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Pedrita Bombom - HDM - 05/08/2013

Querido diário,

          Primeiro dia do hospital Dom Malan e há um problema com a minha roupa, como assim?
          Corro atrás e improviso, porém ao mesmo tempo  rezo pra ser a observadora (o que vai
se revelar a pior coisa do mundo). Ao chegar não tem lugar pra estacionar, mas isso é o de
menos, paro –longe, tipo muuuuuito longe mesmo- e saio correndo, pois como de costume
estou atrasada. Ao chegar lá me deparo com as melhores companheiras do mundo, me
esperando, com um sorriso e a emoção transparecendo (ansiedade? talvez, felicidade?
também), meu coração se acalma e naquele momento eu sei que tudo vai dar certo.
          Cadastramo-nos e tiramos zerinho ou um, assim fui escolhida a observadora da rodada e
como dito anteriormente se faz necessário que eu repita: foi terrível. Láyla observava e Pedrita
se remexia, a cada pequeno detalhe que Láyla deixaria passar, lá estava Pedrita, absorvendo a
energia da Danoninho, da Linguicinha e da Traço petro. E eu sei que vocês vão ficar chateados
com a frequência que eu vou falar isso, mas realmente elas são as melhores companheiras
do mundo. Vocês tinham que ver – queria que vocês pudessem ver- a desenvoltura delas,
o olhar das crianças quando elas passavam, falo crianças, mas espero que vocês entendam
que  algumas dessas crianças tinham acabado de nascer e outras tinham muitos anos e muita
experiência.
          Como assim eu pude pedir pra ser observadora, isso é um fardo muito pesado. Eu não podia
intervir, mesmo assim o fiz. Queria que elas vissem o que eu via, queria que elas tivessem a
capacidade de estar em todos os lugares, abrangendo todas aquelas crianças. Peço desculpas
pelas interferências, juro que vou manter Pedrita mais controlada quando eu tiver que
observar ( e a cada dia que passa odeio mais essa palavra). Assim, meu relato vai ser pequeno
e enfadonho, afinal o que Láyla sabe disso tudo?
           Enfim, tenho que falar da nossa guia, nossa linda e prestativa Grazi, que foi nos levando por
aquele labirinto, que ela estava fazendo de casa. Sua ajuda foi fundamental, porém ela roubou
muita atenção para si mesma, esquecendo um pouco dos outros. Assim termino esse relato,
com muitos agradecimentos, agradeço Grazi, a Juju, a Loy, a Julinha e todos aqueles que
foram me ajudando a perceber uma melhor maneira de ser, aqueles que em uma manhã me
ensinaram milhares de coisas.
          Bem, não foi minha primeira atuação, mas com toda a certeza foi inesquecível.

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