Diário de Bordo –
Teca Lua Cheia
Dia do Abraço Grátis
14/07/2013
Dia do Abraço Grátis
14/07/2013
Começo meu diário de bordo pedindo licença à Clarice
Lispector e a permissão para fazer minhas as suas palavras e bem dizer: “que
medo alegre, o de te esperar”, que medo alegre o de esperar cada um de vocês
naquela manhã de domingo. Domingo que começou cedinho e cheio de expectativas.
Que maravilhoso poder viver aquele dia com vocês. Que felicidade chegar à casa
de Karol e ver tantos rostos pintados, roupas coloridas e sorrisos verdadeiros.
Olhares atentos, espelho na mão, tentativa de fazer a maquiagem perfeita e
lembrar do pontinho discreto acima das sobrancelhas. Quanto cuidado e
delicadeza, mas também, quanto desespero pelo lápis preto sobrevivente, lápis
branco guerreiro e o pinta-cara.
Faço aqui uma nota: alô, coordenação! Precisamos de uma maquiagem nova! xD
Faço aqui uma nota: alô, coordenação! Precisamos de uma maquiagem nova! xD
Maquiagem pronta, roupa aprumada e cabelos impecáveis: hora
de ir. A sala, que parecia pequena para tantos de nós, acolheu cada um num
cantinho especial e pouco a pouco olhares brilhantes apareciam e iluminavam o
espaço. Então, acompanhados de um som estranho, porém ritmado, nós saímos. A
feira parecia um mundo! Era tanta gente, eram tantos cheiros, cores, olhares,
sorrisos, braços, abraços. Eram tantos de nós, era dar tanto de nós, era
receber tanto deles, era perceber o que vinha deles. Era ganhar queijo, tangerina,
uva, banana, picolé de morango! Era ganhar carinho, ouvir histórias, contar
histórias, era descobrir a diferença entre bode e carneiro, era admirar
Florentina Tempestade girar uma menininha no ar num abraço caloroso, era montar
uma barraca de abraços grátis, era olhar pra trás e perceber dois meninos
sorridentes que nos acompanhavam onde quer que fossemos, era segurar a Nathália
no colo e vê-la brincar com minhas tranças pedindo que nós não fossemos embora,
era encontrar cadê um de vocês e esquecer o cansaço, querer continuar ali. Mas
era também sentir falta do Joaquim Marmiteiro, era vontade de tirar aquela
máquina da mão da Bruna e trazê-la pra mais perto.
Obrigada por encherem minha jarra, por me encherem de
vontade e admiração. Obrigada, enfim, por significarem tanto e deixarem esse
grupo cada vez mais forte.
Um forte abraço,
Teca Lua Cheia, cheia de gratidão.
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