Querido diário,
Hoje, tive uma experiência diferente: observar ao invés de atuar. Falando nas meninas, houve mudanças no meu grupo de atuação. Layla precisou mudar o dia de atuar e no lugar dela, entrou Amanda. Pedrita Bombom fez e vai fazer falta mas Valentina Bicudinha chegou, com toda a sua energia, complementando o grupo... Bom, voltando ao foco, observar não é fácil, pelo contrário, é muito mais difícil que atuar. Era difícil me conter diante de tamanha alegria que emanava naquele local. Eu deseja tanto que Carminha estivesse ali .... Mas quem estava era Júlia, que não deixou, no entanto, de ser útil. Embora atuar me atraia muito mais, é muito válido vivenciar as duas situações. São visões diferentes: uma visão interna, na qual você é de certa forma o foco daquilo tudo e apesar de não ter controle de quase nada, tem a responsabilidade de manter a energia ativa, o alto astral. No outro lado, a de observador, você é um sujeito passivo, que no entanto, se permite viver aquilo ali, como todas as outras pessoas da sala... os acompanhantes, os enfermeiros, as crianças. Por mais que eu tentasse ser invísivel diante de tudo para de alguma forma não atrapalhar minhas companheiras, houve momentos em que não pude conter-me e conter o riso, diante de tamanha sagacidade e jogadas bem sacadas. Como minhas companheiras são incríveis!!! Como observadora, tive a oportunidade de ter uma visão mais ampla do ambiente, sem excluir ninguém, o que é muito mais difícil quando se está atuando... No final da atuação, ficamos sabendo que um paciente da oncologia, o qual visitamos na semana anterior, havia falecido. Essas coisas me fazem pensar como a vida é frágil e de como é importante não passar indiferente a diversas situações do nosso cotidiano, até mesmo as mais simples. No mais, é isso diário. Até a próxima
Nenhum comentário:
Postar um comentário