Hoje foi a primeira atuação no hospital. Eu e minhas
melhores companheiras do mundo, Layla, Loy e Júlia fomos para o Dom Malan ás
8:30 da manhã. Fizemos os crachás, que vão ser a nossa chave de entrada para as
próximas atuações e seguimos à uma salinha para se arrumar. Éramos 4 mas apenas
3 iriam atuar, decidimos, então, no “zerinho ou um”, que Layla seria a
observadora. Engraçado que saber que eu iria atuar não me deixou nervosa ou
ansiosa, eu estava tranquila e segura, coisa geralmente rara na minha vida. Eu,
Jú e Loy, já prontas, saímos da salinha, agora como Juju, Olívia e Carminha.
Fomos explorar o ambiente e encontrar os olhares. Brincamos com todos:
funcionários, crianças e mães das crianças. Uma pessoinha em especial me chamou
a atenção. Era uma menina de 6 anos, que logo que no primeiro momento de
contato conosco se mostrava meio tímida. Por um momento achei que ela não iria
embarcar nos nossos jogos, e que seria só aquilo mesmo, porém, conforme a
conversa se estendia, ela foi se mostrando cada vez mais receptiva e depois de
algum tempo, a coisa já fluía tão naturalmente que era como se ela já nos
conhecesse há tempos. A menininha nos acompanhou por quase toda à atuação. Fã
do Luan Santana, ela brincou de roda conosco, nos explicou o que eram bactérias
e nos convidou para seu aniversário. Foi ótimo, também, ver que as mães aprovavam
nosso trabalho e nos chamavam para brincar com seus filhos. No final, uma
enfermeira chegou com uma recém nascida, cuja mãe estava na UTI, e pediu para que
eu a segurasse. Vida, carinho, pureza... minha alma fica repleta de coisas
boas. Fim da atuação. Começo então a
pensar no significado da palavra cativar para a vida do clown. Trazer
felicidade para a vida das pessoas apesar de todas as adversidades ou pelo
menos fazer surgir sentimentos bons nelas e em nós mesmos após esse contato tão
sincero, faz com que esse trabalho faça sentido e valha a pena. Me sinto,
então, feliz e cada vez mais motivada.
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