domingo, 25 de maio de 2014

Toquinho de Geres - primeira atuação no Hospital Dom Malan, 17/05/2014

Acordei meio ansiosa, apesar de que só iria observar. Por alguns probleminhas (a maquiagem não estava disponível e a companheira Loy acordou não se sentindo bem), a atuação atrasou e eu fiquei, então, de atuar. Ainda bem que levei a roupa...
No banheiro, subimos o nariz ao som de um rap e ali nos reencontramos com Hércules, Lola e Toquinho. E ai? Seguimos direto no corredor ou viramos à esquerda? A senhora que passava disse, na sorte, que deveríamos ir para a esquerda. Então assim fomos em direção ao setor de oncologia, deixando para outro dia a pediatria. Mal sabíamos que ali tinham duas crianças que queriam muito nos ver - segundo a enfermeira.
Primeiro, encontramos o menininho, muito novinho e carequinha. Tentamos uma aproximação tímida. Não tivemos muita reação, seus olhos estavam ainda muito apreensivos, e nós muito hesitantes. Logo ali do lado, havia o leito de uma menininha, mais velha que o menininho. Com ela, a abordagem foi ainda mais contida. Isso por que ela parecia ainda mais debilitada e quando nos viu, começou a chorar. Meus companheiros e eu ficamos sem saber o que fazer. Fomos a outro quarto, até que a enfermeira nos disse que a garotinha achou que estávamos ali para tirar a sonda dela. Voltamos, mas não recebemos muita reação aos jogos, a não ser pelos pais da menina. Mas, bem ali do lado, o garotinho nos permitiu que houvesse um encontro. Ele mostrou pra gente seus brinquedos e seus desenhos e passamos um bom tempo ali.

Percebi como aquele garoto, apesar das condições e da pouca idade, continuava forte e esperançoso. Quem sabe ainda vai poder ser jogador de futebol ou artista, andar de moto ou a cavalo (estas indagações meus melhores companheiros vão entender). Fica a certeza de que é a partir de momentos como esse que eu me sinto menos egoísta e mais humilde; que percebo o mundo e as pessoas a minha volta.

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