Oi, meu companheiro lindão! Hoje, diário, vou
te contar sobre como foi lindo atuar pela primeira vez no hospital! Primeira
coisa de tudo, você já deve saber como eu estava ansiosa por isso; afinal, tive
o difícil papel de ser observadora e passei uma semana fazendo projeção da
minha estreia em meu futuro território! Segunda coisa, minha monitora era a
fofíssima Lupita Toin-oin-oin, que vivia me dizendo que queria logo atuar
comigo e ela ainda foi um encanto durante toda a noite! S2 Pena que a Tempestade não pode ir, e que
Creuza Carnaval dessa vez se resguardaria no papel de observadora já que ela
segurou seus impulsos de voar no pescoço de Láyla! Rsrsrs . Mas sabe, atuar em
dupla pode parecer pouco clown pra tanto jogo (e você sabe, quanto menos clowns
mais eu estaria exposta em meu “picadeiro”), só que dessa forma pude explorar
bem o meu espaço, exercitar o meu jogo de cintura e me testar como semeadora de
felicidade em pessoas em manutenção! Sem contar, é claro, que minha melhor
companheira do mundo foi encantadora; me deixou completamente à vontade, mas
nunca perdida!
Pois bem, chegamos e logo fomos instigadas
por uma pequena porta que tínhamos absoluta certeza que havia a melhor festa de
todas lá dentro! Mas a porta estava trancada e fomos buscar sua chave e mais
companheiros para a festa. Encontramos senhoras que não só queria ir pra festa,
como também que jogássemos fora a alergia de uma, os pesadelos de outra e as
chatas dores de uma terceira. E missão dada é missão cumprida! Porém nada da
chave! Fomos a um rapaz que tinha uma televisão no pé e que sabia montar em unicórnios
(o segredo é fazer carinho neles) e que por isso queria ir a nossa festa, mas
também nenhuma informação da chave! Encontramos um rapaz que tinha a metade de
sorriso mais linda do mundo! A outra metade do sorriso tava com a moto dele,
daí quando os dois se reencontrarem vão sorri juntos, mas só se ele andar
devagarinho!
Ah, encontramos também um quarto em que
os pacientes tremiam de
frio, e esse frio só passava com um abraço do acompanhante, daí todo mundo
ficava acolhido e feliz!
E ainda um quarto em que o sorriso era o mostrador de
amor, e todos sorriam uns pros outros pra demonstrar afeto. E lá, tinha um pai
preocupado, pois seu jovem filho tava meio aéreo pois, segundo o pai, tinha
acabado de sair da cirurgia eu num entendi nada do que ele falou, mas
acreditei. Mas aí pedi pro pai sorrir pro filho que ele ia melhorar, e quando o
pai sorriu, o filho sorriu de volta! Foi emocionante pra mim...inefável!
Resumindo a prosa: nada da chave aparecer! Mas acho
que o nosso passeio no lugar de concertar gente e os jogos que brincamos lá já
foi farra o suficiente por aquela noite!
"-Olhe, o senhor não vai maltratar o unicórnio, não, né, seu vaqueiro?" |
A minha ‘estreia’ foi mágica! Tudo fluiu de uma
forma tão eu; até fiquei com medo de
não ter me esforçado pra ter sido bom o bastante ou de ter deixado a energia
cair. Mas minha companheira me disse que eu mantive a energia alta e contagiante durante toda atuação! Aí descobri que pra ser bom o bastante tem que ser simplesmente eu, e
que não precisa se esforçar pra fazer bem a alguém. É tão natural quanto sorrir
ao ver olhos famintos por felicidade se alegrarem, mesmo o corpo estando em
manutenção!
P.S.:Tentei ser bastante atenciosa pra não
deixar de fora dos jogos nem o mais tímido e camuflado paciente ou
acompanhante, e acho que por essa atuação deu certo! :D :3
Eu, Frufruta Doce, me despeço - mas
só por enquanto! - agradecendo aos melhores companheiros do mundo!
Fico aqui com gosto de quero mais!
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