segunda-feira, 19 de maio de 2014

Bartolomeu Barbudo - 1ª atuação no HUT - 15/05/2014

Finalmente! A minha primeira atuação no hospital! A primeira atuação desde o dia do Abraço Grátis, há tanto tanto tempo... Desde o dia de observação na semana passada que eu estava ansioso pela atuação, afinal, já fazia tanto tempo, será que eu iria conseguir fazer alguma coisa certo?

Desta vez, as minhas melhores companheiras do mundo foram a Pietra Fofolete e a Chiquita Pequena Sombra

É incrível o quanto a minha energia mudou de quando estava com a minha roupa normal do dia a dia e quando vesti o meu figurino, coloquei a maquiagem e subi o nariz. Tudo ficou diferente e o Dudu ficou pra trás, quem tomou conta foi Bartolomeu. E ele estava doido pra conhecer todo mundo.

No primeiro quarto, encontramos o senhor A., que estava acompanhado de sua esposa. Sentado na cama de maneira muito relaxada, descobrimos que ele era um grandessíssimo fazendeiro com milhares de cabeças de gado e que conhecia a Pietra dos desfiles que ela já fez e das capas de revista. Afinal, Pietra é modelo internacional. Depois de conversarmos muitos e de falar sobre a vida no exterior, ele finalmente nos convidou para um churrasco que vai acontecer na fazenda dele no ano passado (sim, isso mesmo!) e que o jatinho dele iria nos buscar.

No segundo quarto, havia várias mulheres. Uma delas estava no celular movimentando as várias ações dela na bolsa de valores e tirando fotos nossas. Bartolomeu não resiste a uma câmera e começou a posar. Pietra não resistiu ao seu charme e logo pediu pra casar com ele. Pedimos permissão a uma das pacientes, ela deixou, e pedimos pra ela nos casar também, mas ela não quis. A filha dela se ofereceu e disse que não seria a padra do nosso casamento, mas seria a juíza e bateu o martelo e tudo nos casando! Teve até aliança! Ah, mas a Chiquita não ficou pra trás não! A paciente do celular mostrou uma foto do filho dela e a Chiquita se apaixonou também e fez um casamento digital! A coisa mais moderna! Foram na juíza, a Chiquita e a foto do rapaz pelo celular, e casaram também! A juíza bateu o martelo e tudo! Neste quarto, encontramos também uma mulher que não falava, mas nos disse que adorava pescar, disse que pescou um peixe de 5 metros e nos chamou pra uma peixada! Saímos todos felizes, com um churrasco pro ano passado e uma peixada pra semana que vem! Pra Bartolomeu, que adora comer, foi bom demais!

E de quarto em quarto, era uma alegria, era uma diversão, era um encontro. Durante toda a atuação, eu me senti muito próximo de todas as pacientes, como se a cada momento, uma pequena chama ficasse acesa ali, aquecendo e acalentando tanto eu quanto cada paciente e acompanhante. E não só das usuárias do hospital, mas também é importante dar atenção para as pessoas que trabalham no hospital também. Afinal, rir é bom pra todo mundo, e quando a gente divide a risada, aí é que ela fica mais gostosa. Cada pessoa que a gente encontrava, eu via os olhos brilhando mais, e mesmo que uma ou outra pessoa tivesse conversado com mais resistência, eu sinto que deixamos alguma coisa boa pra todas.

Rimos, fizemos rir, encontramos e fomos encontrados. Tudo isto numa noite linda de atuação. E como foi bom passar esses momentos com as minhas melhores companheiras do mundo! Eu quero mais! E quando eu quero, eu quero muito!!!



PS: neste diário, estou usando o feminino como gênero neutro para chamar atenção ao sexismo da nossa língua.

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