Diário,
É bem estranho te escrever para contar o que eu fiz e não a Cassandra,ser observadora foi minha missão dada naquele sábado passado. Não posso negar que no início o comodismo de apenas olhar me deu um certo conforto.
Entrar no quarto e vê apenas a Brenda e Mila se arrumarem (logo após chegaria o Artur) foi bastante tentador, pude observar todo o processo de cuidado e formação do clown desde a maquiagem, a roupa e a subida do nariz, e compreender que nada daquilo era algo solto sem sentido, todas as peças se encaixavam exatamente.
Vivi manteiguinha, Capitulina Língua solta e Zeca aventureiro saíram do quarto,pude ver a facilidade de como o Zeca tem de puxar o jogo, capitulina de dar boas respostas e como a Vivi estava crescendo aos pouquinhos ao longo da noite.
A minha maior preocupação era parecer invisível, não queria que ninguem me notasse. Em certos momentos dava uma grande vontade de jogar com eles, afinal a noite estava incrivelmente animada, tinha uma procissão de pacientes os acompanhando, um senhor olhou para mim e perguntou com um sorriso de um lado ao outro: Eles irão passar pelo meu quarto ? Eu sorri que sim.
Quando se atua não se pode perceber com nitidez a magia que todo aquele processo gera, como observadora conseguia ver o entusiamo, a mudança de rotina, a necessidade de receber uma atenção e de muitas vezes ,simplesmente, sorrir!
Ao encerrar da noite, os vi com um animo diferente, pois não é que a palhaçoterapia também surte efeito também naquele que pratica ? Naquele noite compreendi um pouco mais do trabalho desenvolvido por todos nós.
Mariana M.
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