Chegando para atuar, soube que
seria eu a única monitora que estaria no grupo, e então todos aqueles
sentimentos que os nossos monitores comentaram, que foram adormecidos pela
presença de Saminha, apoderam-se de mim: estava nervosa, com medo, e
pressionada por tanta responsabilidade. Mal sabia eu que a minha melhor
companheira do mundo se encarregaria de passar toda a confiança e zelo, e nem
lembrei mais que aquela era a sua primeira atuação. Mesmo com um friozinho na
barriga, arriscamos e com todo o apoio de Jully e sua Frufruta, a atuação foi
encantadora. E lá estavam Lupita e Frufruta, lindas e meigas. Assim que
entramos nesse mundo clownesco, encontramos uma porta bem estreita que escondia
uma festa maravilhosa, com todos os desejos, possíveis e impossíveis.
Saímos em
busca da chave, e percorremos todo o segundo andar. No meio dessa nossa busca,
encontramos pessoas encantadas. Uma delas era um moço que tinha a metade do
sorriso, já que ele tinha dado a outra metade para a sua moto para ela também
ser feliz. E também soubemos que ele corria deitado; logo suspeitamos que ele fosse
um tipo de cobra e podemos comprovar pela sua pele que estava sendo trocada. No
próximo quarto, também não achamos a chave, mais realizamos desejos pessoas de
3 mulheres muito simpáticas: tentamos levar embora a dor, os pesadelos e a
alergia às muriçocas. Isso até que deu trabalho porque o fardo era um tanto
pesado, mas com boa vontade, fizemos muito esforço e deu tudo certo, e para nos livramos disso tudo que não era bom,jogamos tudo no lixo.
Logo
depois conhecemos um rapaz que tinha uma antena na perna que o ajudava a
sintonizar os canais da sua TV, ele também sorria com os olhos e logo topou ir
para a tal festa, e já que ele não podia andar, um unicórnio o levaria, e
apesar desse animal ser um tanto inquieto, ele nos garantiu e nos explicou como
domá-lo. E de repente, em outro quarto, conhecemos um senhor muito fofo.
Começamos nos comunicando com ele por gestos e ele nos contou que estava com
muito frio.
Então pedimos para filha abraçá-lo para aquecê-lo. Ele se sentiu
bem melhor, mas logo esse frio voltou. E mais uma vez ele foi abraçado.
Resultado: ele não mais parou de sentir frio e assim logo era aquecido com mais
e mais abraços! Em um dos últimos quartos, o mais silencioso de todos eles,
jogamos com o silêncio. Percebi que um moço lia um livro e logo quis compartilhá-lo
com todos, e assim comecei a lê-lo. Quebrei o jogo do silêncio sem perceber, e infelizmente,
não fui aceita por todos no jogo. A experiência foi um tanto desanimadora,
ainda mais que não reconheci a tempo de virar o jogo e retomar aquilo que
tínhamos começado. Mas isso me serviu de lição para estarmos mais atento ao
ambiente em que nos inserimos e tentar estabelecer um equilíbrio entra as
nossas ações. A noite passou, não encontramos a chave, mas não perdemos a
esperança, porque essa festa promete. E para ser convidado é só nos contar
sobre aquilo que mais gosta. E assim que a chave aparecer aviso a todos para
mergulharmos em um mundo cheio de felicidades e magias. Se você encontrar essa
chave, por favor, nos avisa... e vamos ser feliz!
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