domingo, 25 de maio de 2014

Rebeca Pocajanta - 1ª Atuação no Hospital Maternidade Dom Malan - 23/05/14



Tremendo que nem vara verde, trocando as pernas, com uma sensação de que tudo daria errado e que todas as crianças do mundo iam chorar quando me vissem, foi assim que o dia começou. Mas, não pense em nada, tente não pensar em nada: Branco vazio! Só que até não pensar em nada dava uma sensação ruim.

Mas- porém-contudo-entretanto-todavia, sorrisos conhecidos embalaram meus medos e os colocaram pra dormir, alimentados pelas palavras um do outro desbravamos as ruas de tráfego movimentado, cheias de motoristas desabilitados, chegamos a um espaço onde quem tinha preguiça de tomar água de coco pela boca dava gostosos goles de canudinho pelo braço, eita que hotel bom! Encontramos a Novinha faladeira que carregava um novinho dorminhoco em sua barriga, quase que Esperança Samba Canção arranja um casório, então, pegamos carona de ônibus(mais uma motorista desabilitada temi pelos outros carros coitados), no caminho achamos um monte de clientes satisfeitas, encomendaram na empresa e já tavam lá recebendo a encomenda: bonequinhos !ops! Bebezinhos, umas não pagaram direito e a entrega demorou mais, bem que a Teca Lua Cheia disse que tinha que fazer o pagamento à vista. A parada final do busão foi num lindo jardim, cheio de hortênsias, rosas, abelhas, princesas e, pasme, tecnologia, foi lá que nós conhecemos Dona MaryFone, modelo divosa ditando moda de cabelos raspados e dando inspiração para o batismo de celulares, ela já tinha achado a “chave da fala” e por isso batemos altos papos aprendendo sobre como fazer pose de modelo, as outras moças as “cirurgiadas” ainda n tinham achado a tal chavinha e por isso estavam com as bocas trancadinhas.

Na saída do jardim das violetas achamos Mamãe Noel, com seus cabelinhos brancos ensinando um aprendiz de Papai Noel as artes do ofício, saímos para procurar os duendes, mas não antes de garantir que nossos presentes sejam entregues em baixo de nossas camas (aquele negócio de lareira tá difícil aqui nos trópicos).  Demos de cara com a guardiã do portão dos jardins que fazia a vigília de seu bebê, aquilo que era mordomia, ficar se bronzeando com a luzinha roxa e, ainda, fazendo pose de pernas cruzadas.

E, então o mundo ficou turvo e tivemos que enxergar de outras cores, fomos honrados com a presença da Princesa Testa no Joelho, uma nobre de um reino muito lindo e quieto, que ao chegarmos comia calmamente seus biscoitos reais e não deu ousadia alguma a esse trio de plebeus desconhecidos, só depois que terminou de degustar a comida real deu meio tostão de ousadia: um olhar, pra logo em seguida voltar a encostar a testa em seu joelho, coisa que fazia a cada pergunta, até que Teca conseguiu fazer brotar um sorriso, e Esperança conseguiu uma resposta, um alto e sonoro: “É”. Pronto. A partir daí Princesa Joelho na Testa nos congratulou com beijos e mais beijos jogados ao ar e apanhados com devoção quando íamos conhecer sua colega de reino a Abelha Rainha, a enfermeira chegou com uma injeção, parte do tratamento da Princesa Ariele e, naquele momento de fragilidade, mais nossa que dela, não pudemos deixar o quarto, falamos com a rainha que desconfiada só teve olhos mesmo para os malabares de Samba Canção, malabares esses que foram assistidos e aprovados pela Princesa.

E saímos procurando pelo telefone da empresa que entregava os bebês   =(   ninguém sabia, negócio difícil, mas olhando pelos vidrinhos Rebeca Poca Janta chegou à conclusão de que deveriam mesmo era vir de sementinhas que eram plantadas nos vasos de bebê, regados com carinho de mãe e bronzeados com luzinha rôxa, pra ficarem com aquela carinha de bonecas de porcelana.  Chegando na turma da Mônica dançamos Lepo lepo guiados por Eduarda/Luciana,  a paciente que cantava e não queria ser cantora, durante esse show fomos protegidos pelo policial funkeiro que não gostava de funk e abordados por Pedrinho, um lindo que dava a bença com o pé, essa turma lotaria um programa de talentos. Nesse momento nos perdemos um pouco um do outro na tentativa de alcançar a todos que já estavam lá e aos que apareceram depois, mancada  que Rebeca nem percebeu, mas vale um puxão de orelha pra aprender mais, um pouco mais ou um muito mais a cada visita. Só sei que quero de novo e de novo e de novo e de novo, quero mais e quero mais com Teca Lua Cheia e Esperança Samba Canção, lindos sorrisos acalentadores, ai companheiros, agora entendi :  melhores companheiros do mundo.

Bjs 

Ass: Rebeca Pocajanta
Colaboradora: DNG

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