terça-feira, 27 de maio de 2014

Vivi Manteiguinha - 2ª Atuação no HU - 24/05/2014

Segunda atuação, e os mesmos medos e inseguranças da primeira atuação persistiam. O bom é que ainda temos pequenas migalhas dispostas para nos ajudar. Foi novidade também porque atuei pela primeira vez com Cassandra Paçoca, e pude observar nitidamente sua evolução desde o dia que a observava atuar, seu clown está crescendo tanto, e poder ver essa transformação ao mesmo tempo em que me faz feliz, me ensina tanta coisa. Está me dando a segurança que vamos precisar quando formos atuar sem os monitores. Só Vivi e Cassandra. Zeca aventureiro estava ausente dessa vez, mas Capitulina Língua Frouxa estava lá, com suas tiradas perfeitas, seu senso de humor e sua felicidade que irradiava por cada quarto em que passávamos. E Zeca mesmo ausente era lembrado por aqueles por quem havia cativado.
Esse sábado em particular, minha energia não estava 100%, e não me doei o tanto que eu poderia, ou o tanto que eu partilhei na minha atuação. Mas ela não deixou de ser menos especial pra mim. No primeiro quarto que entramos tinha uma senhora que me marcou bastante, ela era tão pequena e parecia tão frágil, que a neta carregava no colo. Ela não falava, e nem fiquei sabendo do seu padecimento, mas sua neta era tão ativa que nos auxiliou no nosso jogo. No segundo quarto, encontramos o senhor J, que tinha 100 anos, CARAMBA 100 anos, e mostrava uma vitalidade, maior que o de muitos jovens, mesmo ali acamado. Ele só falava em Jesus, e teve momentos em que se “retava” conosco. Ri muito. Nesse mesmo quarto se deu inicio a nossa pesquisa bastante séria das causas dos acidentes de moto, e ao longo dos quartos achamos gente que foi desviar de bicicleta e caiu, batida de moto com moto, moto com carro, moto com ônibus, moto com caminhão... moto, moto, moto. Acho que nunca mais vou andar de moto, quero todos meus membros inteiros. Mas o campeão dos caimentos, tchan tchan tchan, os buracos, e como diz Capitulina, aqui em Petrolina chove buraco e não água.
Para terminar meu diário deixo meu pesar e minha alegria, meu pesar, porque nosso companheiro D dos dois sábados em que atuei vai pra casa e alegria porque o pai dele finalmente foi liberado. D me mostrou como uma pessoa pode ser contagiante e transmitir tanta alegria mesmo diante das adversidades, ou de locais que muitas vezes não favorecem a felicidade. Ele conhecia a maior parte dos pacientes do andar em que seu pai estava, dançava pelos corredores, conversava com todos. Distribuía sua simpatia por aquele andar. E nos ajudou muito, mesmo sem saber, na construção dos nossos jogos. D vai fazer falta nas atuações.

E sem mais delongas, espero ansiosamente pelo próximo sábado; quero que dessa vez eu possa me doar 100%.


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