Oi,
meu companheiro diário! Bem que eu queria te falar o quanto foi bom atuar, mas
por hoje quero tentar fazer você enxergar as belezas que meus olhos puderam ver
na noite dessa terça. Adoraria que você pudesse enxergar a memória dos meus
olhos, ver através deles; só assim mesmo pra ver o quanto foi belo ver a melhor
companheira do mundo deixar de lado suas incertezas e medos e se jogar no vazio
pela primeira vez. Ela chegou até tímida, mas o jogo foi se construindo, as
idéias apareceram...e PÁAA!!! Ela já cativava todos com um jeito só dela: meio
pra frente, meio quietinha. Creuza Carnaval provou que não só sabe seduzir
“Pablo’s do Arrocha”, não! Ela conquistou olhares de quem precisava mais que
cuidar do corpo, precisavam cuidar da alma machucada pela vida. E aquelas altas
doses de risadas vieram a calhar!
No
hospital, vi mais que a primeira atuação da doce novata, vi sorrisos acanhados
e encantados, olhares brilhantes! E esse fuzuê todo causado pela Creuza e
também pelas velhinhas com almas de novinhas: Lupita Toin-oin-oin e Florentina Tempestade. As três
possuíam uma sintonia incrível e criavam jogos maravilhosos! Lupita caladinha e
meiga, chamava a atenção pela formosura, Florentina não chega nem perto de ficar pra
trás: ganhava todos com sua conversa fácil... E que conversa! Quando desatava a
falar a imaginação corria solta e todos viajavam naquele mundo de fantasia e
esqueciam a frieza do hospital.
Mas
nem só de flores foi feita aquela noite. Acho que nunca vou me esquecer do
olhar desconcertante que vi no rosto de um rapaz. Esse moço cuidava de um
senhor muito debilitado, o que demandava bastante esforço e cuidados. Minhas
companheiras jogavam com outro paciente no mesmo quarto, e não perceberam o
rapaz quieto no canto que lançava olhares tímidos, mas desesperados por
atenção. Ele parecia sofrer já que se entregava ao cuidado de alguém
necessitado e não tinha ninguém pra cuidar dele. Estava desgostoso, parecia
pensar que nem mesmo as moças engraçadas se preocuparam em provocar um sorriso
nele. Entendo perfeitamente minhas companheiras; no meio de um mundo de
fantasias é mesmo difícil perceber algo de tamanha sutileza, mas tão carente!
Ele só foi notado por mim, e eu deveria ter ajudado ele, mas eu estava presa na
condição de observadora, sem poder interferir naquele jogo. Até quis
interferir, só queria poder ajudá-lo, mas não via forma de fazer isso sem prejudicar
a energia do grupo e o paciente especial que também precisavam daquela atenção.
Quando dei por mim já estávamos indo embora, e eu, paralisada pela impotência.
Mas tudo isso me fez aprender que nunca mais deixarei de tentar cativar nem
mesmo os mais invisíveis e carrancudos que se escondem em cantos de paredes!
Foi
uma noite cheia e incrível! Acho que o outro observador desse dia vai concordar
comigo (né, Dudu!?), Foi um dia Inspirador!
Bem,
Frufruta Doce já anotou todas as lições que aprendeu e já está querendo
espalhar amor por ai!
P.S.:
Foi muuuuintcho difícil não subir a energia junto e se controlar para não entrar
nos jogos! Saí de lá ins pirada!
Eu e Frufruta Doce nos depedimos - mas só por enquanto! - agradecendo aos melhores companheiros do mundo!
Fico aqui com gosto de quero mais!
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