Vergonha. Cara de pau. Culpa. Mais vergonha. Provavelmente essas
palavras definem bem o que sinto agora por estar escrevendo esse diário nesse
momento. Não escrevi diário por diário do período em questão nos dias que devia
ter escrito. Mesmo quando foi dada a permissão de fazer um resumão sobre as
atuações anteriores, fiquei protelando e o faço somente agora. E, para piorar a
situação, perdi meus resumos que fiz em cada atuação para passar a limpo aqui,
então não vou conseguir expressar 100% do que vivi e senti. Nem sei como me
desculpar com você, meu diário. Mas espero realmente que me perdoe.
Esse período de atuações foi bastante marcante para mim, principalmente
ao cair sobre mim o “teórico” papel de monitor. Em minhas primeiras atuações,
assim que entrei, não entendia como meus monitores se sentiam ao falar que
ainda tinham aquele friozinho na barriga antes de atuar, tendo estado no
projeto há mais tempo que eu. Mas logo na primeira atuação, com Titchely e Malagueta
(dessa eu fiz o diário, se serve para amenizar minha situação), já vi como que
a realidade é cruel e as atuações, lindamente assustadoras. Vou, então, citar
algumas situações aqui. Não são todas, como já disse, mas estão aqui para
representar todos os outros momentos que fizeram parte das atuações com meus
lindos e melhores companheiros Bibelô Titchely, Magali Malagueta e Pedro
Palito.
Puxa vida. Todas as atuações foram lindas. Em algumas sentia
que podia fazer mais, mas acabava não fazendo. O jogo ia fluindo, às vezes dava
certo, às vezes não. Muitas vezes dava tão certo, como aquela vez que Sukiyaki
e Malagueta não só tiveram o maior trabalho para colocar/tirar uma música da
cabeça do Pedrinho Palito, como também criaram um rap super top com NÃO SEI/SEI
LÁ. Até coreografia tinha! Puxa vida. Sabe aqueles momentos que até te dá um
medinho do tipo – será que não estamos atrapalhando o fluxo no hospital? Pois
é. Muitas pessoas se juntaram no quarto e corredor para ver o que estava
acontecendo. Ainda bem que ninguém reclamou.
Junto com Tichely e Pedrinho adotamos um copo uma vez! O
onquinho (batizado pelas “madrinhas”) recebeu muito carinho e proteção, não só
nosso, mas também de outras pessoas que, por algum motivo estavam ali
passeando. Eita menino que conquista viu? Onde íamos ele ganhava atenção. Que
orgulho! Mas vou te dizer viu? Foi difícil protegê-lo de um que tinha nome
composto – o Antibiótico – que havia feito várias vítimas por onde passava.
Muahahaha.
Outro episódio foi com Titchely e Malagueta, quando um
simples “tá bom. Vamos ficar aqui até você parar de chorar” fez com que aquele
anjo parasse de chorar (a propósito, descobrimos, depois, que ele chorava pelo
acesso que tinha no braço. #chocada) e abrisse um sorriso para nós. Isso sem
falar que, segundo ele, a mão era jacaré – ou jacaroa, depende do seu nível de
vocabulário.
Por enquanto é isso, diário. Ainda tenho outros diários para
escrever. Dos outros ainda tenho os rascunhos, então vai dar tudo certo. O
único problema é que não sei quando vou conseguir postar.
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