"O
passado é história; o amanhã é mistério; o hoje é uma dádiva-
por isso, é chamado de presente"
Provérbio
Chinês
Ontem,
atuei com San e Karol e foi muito bom. Mais uma vez, constatei: adoro
atuar. E me senti muito grata a todas as pessoas presentes no setor e
às meninas por todos aqueles momentos de fluidez. Eu amo ser clown e
isso me lava a alma.
Mas
vim pra este texto dizer outra coisa. Transformar este diário de
bordo (que creio ainda não ser o último) num "tchauzinho"
pra vocês. É isso. Pensei em escrever um diariozão dos tempos
iniciais em que eu era a Dan recém-chegada, mas Dan não é mais a
mesma, assim como o rio de Heráclito.
Queria
ler isto num momento em que as borboletas novas estivessem presentes
e aqui estou. Queria também agradecer a algumas pessoas que
infelizmente não estão aqui, mas eu as citarei mesmo assim, porque
sei que elas sempre se fazem presentes no grupo, tamanho são os seus
corações: a Artur e Ana Vitória, gratidão pelos meus primeiros
passos neste projeto. Mas não vim aqui pra ser polêmica- às minhas
monitoras que me receberam durante minha chegada, também agradeço
pelo carinho e pela disposição; não esquecerei disso. Aos que
entraram comigo, na quarta turma, gratidão também, por dividirem
todos aqueles sentimentos comigo, especialmente a Nanda (Brito) e o
Dudu.
A UPI me ensinou muito além do que eu esperava. Muito mesmo.
Demais. Pra valer. Inclusive a perceber que tudo tem seu momento e o
meu momento chegou. Chegou e estou aqui. Grata ao Universo, grata à
Palhaçoterapia. Maia disse: “fim do jogo pra Dan”.
Queridos e queridas que chegaram, gratidão a vocês também, por
terem feito parte deste fim de ciclo pra mim! Foi um verdadeiro sopro
de vida. E a vida é um sopro, como diria o Niemeyer- aproveitem o
quanto puderem e estejam sempre dispostas a aprender, porque é a
parte mais rica e gostosa do processo.
Ao
projeto, espero que só cresça e que a palavra "cuidado"
não se perca no caminho. Há muita gente ainda pra se deleitar com
esse mundo "mágico", tão real também.
De
Inês Tamborete ou, simplesmente, Dan.
P.S:
Lembrei-me, posteriormente à escrita deste diário, de que Dudu e
Nanda foram, respectivamente, quem me passou o nariz e a quem eu
passei o nariz durante nosso primeiro Picadeiro, na formação. Que
incrível é a vida.
Fazemos parte da família que se reconhece pelo olhar. E que se liga pelo nariz. Você deixa muita coisa boa aqui, principalmente pra mim. Adorei ter passado pela formação com você, e crescer junto como clown com você.
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