segunda-feira, 27 de abril de 2015

Frufruta Doce - HUT - 24/04/2015

Novinhos saindo do forno, com toodo um caminho lindo pela frente. E aí, no meio da atuação, percebi o tamanho da responsabilidade desse cuidado "monitorizador". É cuidar do encontro, do espaço, da gente, e dos nossos melhores companheiros que confiaram tanto.
Mas o começo geralmente começa pelo início, e aquela tarde se iniciou meio arrastada,  num mormaço preguicoooso. E lá estava eu, de novo "em casa", onde já atuo me sentindo à vontade.. Acho que já subo a energia desde a porta, mesmo com umas muitas escadas por lá.
Depois de conseguirmos maquiagem, fomos para nosso andar, que estava um pouco agitado, então tivemos que subir a energia laaá nas escadas.
E a música? Que tal o olhar mais brilhante?
Pronto, nos jogamos no vazio.
Tudo estava meio travado, mas aí Nubia nos encotrou. Ela nos achou, e, de repente, uma porta aberta era nosso mundo.
Um jogo tão tímido, mas tão gigante, nos permitimos encontrar, e foi lindo ver o quanto isso era importate nos olhos dela.
Entramos em vários quartos, com um índio e sua mulher de unhas lindas, apesar dela lavar roupa, louça e a casa! Essa mulher merece todos os brigadeiros do mundo; então fomos, meio escondidos, buscar pelomenos uns cem!
Encontramos com um senhor que adorava dançar um bom forró pé de serra, e lá tinha um moço que não mexia no zap zap porque ele era de Jesus, mas em compensação ficava me atentando o tempo todo... Ai, ai...  E aí eu reparei o quanto eu estava de observadora, vendo LaBoquita se jogar no vazio e João Negresco não deixando o jogo cair, dando suporte a melhor companheira, e os dois buscando um encontro.
Já em outra porta, ficamos amontoados na janela vendo uma reunião que depois fomos convidados a entrar. Fomos perguntar o nome do povo todo, mas não esperávamos nomex tão diferentes. Tinha o Doente Desde do Dia Dois, a Mulher do Doente Desde do Dia Dois, o Tio do Doente Desde do Dia Dois, a Mulher do Tio do Doente Desde do Dia Dois... Ufa!
E na outra cama tinha o Doente de Ontem a Noite,  que não dava muita bola pra gente, mas a Mãe do de Ontem a Noite tava muito feliz com nossa visita, disse pro rapaz falar com a gente porque a gente vinha trazendo sorriso. E num é que a gente tinha se esquecido do danado do sorriso! Pra compensar fui oferecendo outras coisas pro de Ontem a Noite: um travesseiro fofo, uma namorada, chocolate... Mas ele não quis nada. Aí eu já tava sabendo o quê que tava acontecendo, o coitado não conseguiu futucar o nariz desde que chegou porque tinha muita gento no quarto! Pedi pro povo todo de Desde do Dia Dois virar um pouquinho de costas de vez em quando, porque nem sempre é uma coisa discreta de se fazer, tirar uma catota que tá presa e a pessoa tem que virar o dedo e dar uma puxadinha...
Aí já tinhamos conseguido mais que um meio sorriso que não resistiu e cedeu a um sorriso inteiro, conseguimos um encontro, de um quarto inteiro percebendo que tooodos futucamos o nariz, que somos todos falíveis e parecidos. Juntos, nosso jogo era mais forte, a risada era verdadeira, nos entendíamos e nos apoiavamos.
Depois veio um "oi" que nos pegou de surpressa, mais "ois" das moças de branco,  e um "oi" da hora de ir, que já chegava.
Descemos a energia e conversamos muito, espero que eu possa ser uma monitora tão boa quanto as que eu tive.
Fiquei tão feliz, tão leve... Jarra enchendo!

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