terça-feira, 3 de novembro de 2015

Frufruta Doce - Maternidade de Juazeiro - 08/04/2014

Ok.
Semana passada tive minha primeira prática acadêmica na Maternidade de Juazeiro. Lugar que estive apenas uma vez, há mais de um ano.
Retonar à Maternidade me fez pensar no papel que desfruto dentro do Projeto (UPI ♡) e na formação da profissional de saúde que pretendo ser.
Tive a oportunidade de vivenciar o HumanizaSUS, que tinha como proposta desenvolver uma atenção à saúde mais acolhedora e ampla. Naquela semana pude participar de duas formas: numa intervenção na qual atuei, e inclusive ja relatei em episódios anteriores, e numa tarde esquecida há um bom tempo.
Querido diário, sei que já devia ter lhe contado sobre tal tarde na Maternidade de Juazeiro, mas, na época, eu não via muito sentido dentro da ótica do projeto descrever o trabalho que lá fiz.
Não houve atuação, nem gerei energia ou subi o nariz. A intenção era essa, mas outros fatores conduziram a situação. Como trazer conforto ao atendimento do hospital se a estrutura física estava defasada?
Houve cuidado. Sim! Cuidado nos bastidores. 
Cuidamos do jardim interno, retiramos o capim da entrada, organizamos o jardim de inverno. Fizemos o que tinha ao nosso alcance. 
Lembro do meu companheiro (da vida) que ia apenas me dar uma carona e acabou ficando e suando a camisa para ajudar. Lembro do brilho nos olhos de Artur, que me inspirou e me inspira até hoje. Lembro de tantos outros companheiros, voluntários, anônimos e cansados.
Ao voltar à Maternidade percebi que o cuidado se multiplica, que tudo estava mais ou menos como deixamos. Mativeram a entrada limpa, o jardim cuidado.
E as pedrinhas do jardim de inverno que passei horas acocorada limpando e separando por um linha ondulada, ainda estavam minimamente organizadas, ainda podiam ser a distração de alguém que passasse por aquele corredor.
O picadeiro me ensinou a ficar confortável com os holofotes e usar essa atenção para encontrar.
Mas o encontro também pode ser silencioso. É um olhar perdido pelo jardim descansando a mente. Uma brisa que entra pela janela aberta.
Me vi de jarra cheia ao me encontrar naquele cuidado de tempos atrás.

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