DIÁRIO DE BORDO - 1ª Atuação
Muita ansiedade, muita expectativa, muito medo, muito alvoroço, muito, muito. Finalmente o grande dia chegou. Era hora de eu dar o melhor de mim e mostrar paras as pessoas que eu realmente estava dando o melhor de mim. E foi incrível! Não tenho outra palavra para descrever. Atuar com Ramon del Tamborete e Nina Xurumela, meus melhores companheiros do mundo, foi algo inenarrável. Começamos brincando de esconde-esconde e, de repente, eu me vi gargalhando da nossa brincadeira que estava muito divertida. Até que chegamos no andar onde iríamos atuar e descobrimos que na verdade não estávamos num hospital, mas sim num castelo: havia reis e rainha, nobres, condessas, duques. Cada qual com seu título, com a sua história e o seu motivo de estar no castelo. Todos singulares. Muitos deles comprando o jogo e sendo realmente nobres. Mas me chamou muita atenção um pequenino que estava lá, sua mãe pediu para que fossemos até ele, que no início estava tristinho e com dor, pois ele estava todo machucado de um acidente de moto - moto não, acidente com cavalo, porque não existiam motos nos tempos de castelos - e lá estava ele tristinho e foi só eu chegar perto e começar a jogar com ele que um sorriso lindo abriu-se de orelha a orelha. Fiquei emocionada. É incrível como o ser humano precisa de tão pouco para ser feliz, e mais incrível ainda é que à medida que crescemos e nos tornamos adultos nos esquecemos disso, que simples coisas são suficientes para a nossa felicidade. Esse menino loubrou-se o pequeno príncipe, e ele era um pequeno príncipe de fato.
Nessa primeira atuação fico com as palavras "imaginação" e "realidade", lembrando-me da frase do filme Ponte para Terabithia : "feche os olhos, mas deixe a mente aberta".
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