DIÁRIO DE BORDO - Dia do Abraço
Depois de algum tempo sem estar sob o clima contagiante do mundo clown, sair pelas ruas como Chiquita Furacão abraçando meio mundo foi uma experiência um tanto interessante. Pela primeira vez eu estava me maquiando e, confesso que por causa do meu namorado estar presente na prepação fiquei com um pouco de receio. Mas o receio durou quase nada. Quando estávamos nos preparando para virar o clown esqueci que ele estava presente e só consiguia pensar "tudo o que eu quero, eu quero muito!!", "eu tô lindona"...e pá: eu era Chiquita Furacão. E com a experiência de sair pelas ruas com um cartaz escrito "abraço grátis" eu percebi o quanto as pessoas são carentes. Carentes de abraço, afeto e de olhar. A cada abraço vinha um sorriso e antes do abraço os olhares se encontravam. Algumas pessoas ficavam curiosas, claro, não é todo dia que há uma pessoa disponível a te abrir os braços e te receber de verdade. Outras com medo, pressa, ou sei lá o que, simplesmente passavam, e nem olhavam, e sem o olhar não havia o encontro, não podendo desta forma haver o abraço. E havia aquelas que acho que nem liam o cartaz, porque já vinham pulando com os braços abertos, e foi tão gostoso! Tão gostoso poder ajudar e fazer o dia de algumas pessoas mais feliz com um simples abraço. Mal sabem essas pessoas que me abraçaram que foram elas que fizeram uma parte de mim mais feliz...
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