terça-feira, 8 de maio de 2012

Dia do abraço

Camila Freitas Santos – Fefê Xogás
Diário de Bordo do dia 28/04/2012 – Intervenção Abraço Grátis

Eu queria colocar em palavras tudo que senti quando naquele sábado de manhã, quando reencontrei os meus melhores companheiros do mundo. Foi como voltar no tempo e estar novamente na sala do DA, com Gentileza nos esperando com aquele olhar brilhante. Logo que cheguei a casa de Ana Vitória, encontrei com Fábio e com Vannessa. Foi lindo abraçá-los, sentir que apesar de ter mais de um mês que não convivemos todos os dias como foi na oficina, nada mudou. Os meus companheiros me cativaram, e eu vou levar isso comigo independente do que aconteça, de onde eu esteja, e do tempo que passe.
Continuando: Fazer a maquiagem foi uma bagunça divertida. Todos correndo de um lado pro outro, se ajudando, se completando. O nosso pancake até ganhou um apelido: o “xcake” branco! O nome pegou de uma forma tão simples, logo todos estavam gritando “O xcake branco! Cadê o xcake branco?”.
Logo estávamos prontos, a música começou a tocar, e foi como se o tempo não tivesse passado. Ouvir novamente o Cocoricó, o Kuduro, e outras músicas que nos deixam elétricos e cheios de vontade de brincar, foi delicioso. Então saímos às ruas, e comecei a abraçar a primeira, a segunda, a terceira pessoa... E quanto mais eu abraçava, mais eu sentia vontade de abraçar. Eu estava tão disponível pra abraçar, tão entregue ao meu gesto de carinho, que quando recebi a primeira recusa (que foi, inclusive, de uma criança) eu fiquei em choque. Por que ela não queria receber o meu carinho, que estava ali, todinho pra ela? Mas então eu lembrei que o jogo é mais importante que a minha jogada, e rapidamente direcionei o abraço a mãe dele que o recebeu educadamente.
Então, as demais recusas ficaram mais fáceis, e cada vez menos frequentes.  E quando voltamos pro apartamento, eu não queria sair do meu clown. A Fefê não queria voltar pra caixinha dela dentro do meu coração. Mas quando finalmente voltou, não ficou uma sensação de vazio, mas sim uma sensação de dever cumprido. E quando eu cheguei em casa, dormi tranquilamente como não fazia a algum tempo.

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