Meus melhores companheiros do
mundo!
Tava sentindo falta, muita falta
de um dia assim. Foi muita energia gracinha irradiada e transmitida em cada
abraço. Não vou negar que a preguiça bateu forte e até uma porcentagem mínima
de morgação surgiu enquanto nos preparávamos. Mas a partir do momento em que o
olhar de todo mundo brilhou e a multidão de clowns foi invadindo as ruas... ah,
ali já me senti em casa mesmo estando num lugar tão amplo, com tanta gente com
ar de interrogação mas ao mesmo tempo querendo entender o que era aquilo tão
pitoresco! Abraçar não é apenas circular com seus braços, é mais, era
transmitir naqueles segundos algo que aquelas pessoas levassem por todo o seu
dia e quiçá sua vida, né? Ao mesmo tempo, não deixava de ser invadir um
pouquinho o seu espaço, sua loja, seu almoço, seu tempo, e pra isso ser
bem-vindo é uma sensação tão boa! Percebi nas pessoas uma receptividade muito
maior naquele centro que em outros lugares, e jogar com elas, pedindo licença
com jogos tão simples e abrindo a comunicação que terminava com o abraço era o
melhor! Alguns não deram mesmo abraço, outros deram mais de três e assim o
saldo do dia foi mais que positivo! Pra mim, pesou muito na sensação de
realização ao final ver também o entrosamento com os novos integrantes dessa
família. Teve um grupinho menor que não nos desgrudamos e parecia que já
atuamos várias vezes juntos. Muito bom quando tudo flui bem (ps: ainda estou
aprendendo os nomes, tá? Rsrs). Até eu me admirei com a minha espontaneidade.
Pensei que por ter ficado um tempo amornando, quando Tunica voltasse à ação
tivesse meio enferrujada, mas ela tá evoluindo, devagar e sempre, mas como
“palhaço pronto é palhaço morto”, a timidez dela tá se esvaindo, dancei na rua,
falei shingling... Ah, como poderia me esquecer! A primeira experiência que
tive com criança não tinha sido legal... mas foram tantas dessa vez, tão
receptivas, tão sorridentes e mesmo serelepes que posso dizer que não tenho
mais receio! Mesmo quando o abraço quase me estrangula, mas foi sincero, e a
criança uma fofura!
Como
chegar sem assustar, iniciar um abraço? Não há receita. É meio vago isso, eu
gosto pelo menos de ter um padrão, mas a vida não é assim... são mesmos os
estímulos que aparecerem. É dizer que realmente a beleza tá ali na loja de nome
canto da beleza (ou algo assim); é elogiar o equilíbrio e a combinação do casal
onde os dois estão de branco; é passar um casal andando abraçadinho e você
querer também compartilhar desse momento; são sorrisos e de repente sem nenhuma
palavra, só os braços abertos mesmo; é alguém passar no telefone dizendo que o
clima esfriou e você dizer: “que nada, vem cá dar um abraço que calor humano
não falta!”; é abraçar mesmo uma propaganda daquelas que você tem que elogiar o
publicitário porque ela realmente lhe chama; é ir atrás de quem muitas vezes
está atrás de balcões e fazer com que aquela barreira na verdade não exista; é
abraçar quem tá lavando carro e está envergonhado por estar molhado, mas
naquele calor isso foi até bom! É abraçar seus companheiros clowns também! :D
Enfim,
ver a reciprocidade das pessoas, ouvir que uns ganharam o dia, que isso deveria
se repetir mais, receber um desenho lindo de alguém que deixou de almoçar para
doar seu tempo a nós são as lembranças que se tornam força motriz para cada dia
a gente fazer mais disso! Quero replay.
Tunica Caqui
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