Certo, primeira atuação com os novos integrantes do projeto. Respira, respira... até parece que eu nunca fiz isto antes! Mas acho que é assim mesmo, todo dia de palhaço é um novo dia. Uma apreensão que não transpassava a pele que habito, ou pelo menos tentava não demonstrá-la. Afinal, pra que mais um apreensivo quando já se tem outros 3? O universo estava meio desequilibrado. Sancho Pança-Fofa, Juju Danoninho, Marilinha Leite-Quente e Chico Esticado saíram daquele recinto em direção ao picadeiro, dinâmico, móvel, eletrizante. Os jogos foram saindo, encontrando pessoas, procurando corredores, nadadores e jogadores. A cada interação, um momento diferente. Agora é sério, as críticas que sempre visitam minha consciência: 4 pessoas atuando é um pouco desgastante, pois são muitos estímulos e ficamos sem saber aonde ir e o que fazer; bater na mesma tecla foi algo que aconteceu algumas vezes neste dia, além de não conseguir comprar alguns jogos que foram saindo. Quando se olha desta maneira, pode parecer que não fizemos nada além perambular por um hospital. Mas aí eu recordo à minha consciência das pessoas que conhecemos e relacionamo-nos. Um beijo fantástico de uma senhora não-verbal, mas que nos falou muito com um olhar singelo e um beijinho doce; um senhor meio desconfiado que acabou desabafando sobre a sua admiração por cangurus; o jeito matuto de um menino que havia tentado suicídio dias antes, com uma performance de elegância e charme; e até um palhaço que um dia já foi gente. Relações regadas de sinceridade e verdade, uma troca de sentimentos que todos saíram ganhando. Caro Fabinho, se o que fizemos ali não foi uma grande mágica, então eu não sei o que foi, só sei que foi assim! Encerro meu diário hoje dizendo que nossos narizes vermelhos são voltados para frente porque apontam o caminho que devemos seguir, sempre em busca de melhores “nós”.
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