segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dia do abraço

Quando soube que iriamos atuar no próximo sábado, todas as minhas atenções durante a semana ficaram voltadas para o grande dia. Um dia se antecedia, eu só conseguia  pensar no 'dia do abraço", espalhei para todos. A ansiedade tomou mais uma vez conta de mim. O grande dia chegou, acordei mais cedo do que o normal e fiquei bolando várias vezes na cama pensando, articulando, imaginando como iria ser. Meu coração palpitava  por saber que ia encontrar meu clown mais uma vez...lembrei-me então de uma citação do livro o Pequeno Príncipe " Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz." Me senti completamente assim, estava muito feliz em saber que ia me encontrar com Amélia! =D
Parei então de inquietar minha mente e deixei que as minhas ações não pensadas fizessem do meu dia. Enfim, toda a articulação de um trabalho bem feito e planejado voltou à tona em minha cabeça. Eu só conseguia pensar nas oficinas, a ouvir vozes e músicas dentro de mim. Estávamos todos afoitos e muito ansiosos. Nos arrumamos, nos maquiamos e por fim fomos em busca dos nossos clowns juntos. Aquela busca por algo que estava dentro de mim, parecia um labirinto em que já havia percorrido algumas vezes, porém o meu clown gritava, afim de nos encontrarmos mais rápido. E assim o encontro foi se dando ao som de músicas que e faziam lembrar dela, a linda Amélia Ventosa. Tchanram,  finalmente nós encontramos, lá estavam eu diante de Amélia, sorridente, olhar brilhante, e pernas inquietas. Que saudade que eu estava dela e de todos os melhores companheiros do mundo!. Fomos as ruas da cidade, em busca de encontros, a fim de encontrar o encontrável, o contato, o afeto. Vi, vi flores, vi arco-íris, mas vi também ervas daninhas, céu nublado e terra seca. Muitas vezes esquecemos na real e simples importância, do olhar, do sorriso. Nunca paramos pra pensar se em algum momento fomos parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade. E como, nós respondemos a isso? Ou se estivemos lá, quando os sonhos delas morreram. Como, nós respondemos a isso? Será que sabendo dessa responsabilidade todas nós continuaríamos a nós aproximar e modificar para melhor a vida dessa pessoa? Não sei, como você iria responder isso? Acho que a melhor forma de tentar descobrir isso seria através do autoconhecimento inicialmente, do que somos capaz e do quanto somos capazes. É bom lembrar, que tem sempre alguém precisando da gente, e que simples coisas fazem a diferença. Esse foi o meu primeiro dia de atuação, simples, contagiante e REDESCOBRINDO O REAL SIGNIFICADO DE SER E EXISTIR NESSE MUNDO! Eu sirvo pra quê, nós servimos pra quê? Total entrega, disponibilidade, verdade, muita verdade. O QUE EU QUERO, EU QUERO MUITO!. Essas palavras não saem de minha cabeça. Por fim, o grande dia não terminou, apenas está continuando o trabalho que iremos construir juntos, Que "exista sempre amor pra recomeçar", as pessoas precisam de nós! Beijocas e até mais :*

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