Que bom que tivemos mais uma quinta-feira, que bom por ter vivido mais uma atuação, mas, dessa vez, algo diferente ocorria naquela quinta: Estávamos acompanhados por duas jornalistas que queriam saber como funcionava o dia de um clown da UPI. Pra quê elas disseram que queriam saber e sentir a vivência de um dia no HUT como Txequinaudo, Bibi e Raimundo? Pronto!! A partir daí nos sentimos totalmente livres pra ocasionar uma avalanche de informações nas moças, como se elas fossem repórteres do "Profissão Repórter" e que a gente apareceria na TV na próxima quarta rsrsrs. Acho que deixamos claros pra elas que as nossas quintas-feira tem um peso de magia, de encanto, de afeto e de gratidão; foi o que pareceu, ao término da atuação, quando elas disseram: "Como faço pra participar disso também?" (foi ímpar o acompanhamento delas alí, até ganhamos um bocado de fotos lindas que depois compartilharei aqui com vocês).
Fomos presenteados com mais um dia cheio de suas lindezas, conhecemos muita gente boa, mulheres que se uniam para conseguir vencer a situação a qual estavam (pois há muito tempo já dizia nossas mães que a união faz a força), até outras quatro que se reuniam em um quarto intitulado "Quarto da fofoca e da injeção". Sim, fofoca e injeção. Aquelas quatro belas moças diziam fofocar e passar o dia tricotando do povo que passava no corredor, uma delas até disse que isso era bom pra se sentir magra, pois sempre conseguia achar alguém mais gordo; diziam, também, que ninguém ali tinha medo de tomar uma agulhada pra ficar boa logo, mas foi só mexermos um pouquinho que mudaram a opinião, contando que também não é toda hora que queriam tomar ("não somos bestas não"). Enfim, entre encontros e reencontros, já que tivemos o privilégio de também rever nosso amigo enfermeiro e também um moço que mora na nossa terra, Ponte Nova, aquela quinta, por mais que tenha tido a suas particularidades, não deixou de ter o nosso múltiplo comum: magia, encanto, afeto e gratidão.
Houve algo dito por Raimundo que achei bastante relevante e que surtiu muito efeito quando falado aos pacientes que reclamavam por estar ali: "Tudo isso aqui é ruim só pra gente sentir saudades de casa logo, porque, se não, a gente ia querer viver aqui no hospital pra sempre". Algo que me fez lembrar muito a música de Marcelo Jeneci que deixo pra vocês:
"Tem vez que as coisas pesam mais Você vai rir, sem perceber
Do que a gente acha que pode aguentar Felicidade é só questão de ser
Nessa hora fique firme Quando chover, deixar molhar
Pois tudo isso logo vai passar Pra receber o sol quando voltar."
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