domingo, 21 de agosto de 2016

Michel Michelin - HU - 16/08/16

Eu e Frida roubei um jaleco por lá mesmo

Oi abiguinhos! Como estão?
Mais uma vez tive uma nova melhor companheira do mundo. Seu nome? Frida Tequila por que será?. Cada novo companheiro é uma nova gama de experiências maravilhosas e dessa vez não poderia ser diferente.
Eu e Frida começamos o dia reconhecendo o perímetro. Precisávamos saber quem estava ali. Entramos no primeiro quarto, estava cheio. À nossa direita a dona Socorro, deitada, fazia pose como se estivesse banhando-se ao sol. Linda, maravilhosa, rainha da #@*% toda! Fizemos um verdadeiro book. Ali perto um garoto dormia ou estava em coma? e o outro, saindo do banheiro, nos olhava surpreso. Era o Rodrigues. Quer dizer, o Rodrigo - afinal, só tinha um - ou não era bem esse o nome dele... Que sorriso encantador. Ele queria descobrir com a gente as maravilhas que existiam por traz daquele plano de fundo de hospital. E o Uânderson? Acordou só pra se assustar com nossas caras feias.
No quarto da frente, um momento que jamais podíamos esperar... Mas esse vou contar nestante, pere aí!
Seguimos conhecendo, aos trancos e barrancos, todas as histórias de vida que poderíamos receber, como um grande diário. Até arrumei uma vozinha, olha só! Ela me disse que quanto mais netos, melhor e que em um grande coração, sempre vai ter espaço para novos amores.
No corredor uma voz gritando Quero uma foto com vocês! Alguém me arruma um celular. Que missão difícil encontrar quem tirasse aquela foto. O andar se mobilizou para agradar aquela senhora e seu sorriso maroto. Quem seríamos nós para desfazer tal alegria, né!?
Agora, voltando ao momento que comentei anteriormente vocês sabem qual, por favor, né. Eu e Frida entramos no quarto, haviam algumas pessoas. Entre elas um homem com um sorriso meio triste. Nos aproximamos, queríamos conhecê-lo. Ele contou sua história de vida, mas continuava com aquele sorriso meio sem jeito. Foi então que sua mulher nos contou o motivo. Ele tá triste porque perdeu o dedão num acidente. Não sei o que me deu. Vi naquilo um momento de mostrar que estávamos ali para muito mais. E aqueles olhos dele de quem precisava de um estímulo, me ajudaram a seguir em frente...
Pense! Se um cara que perdeu o mindinho se tornou presidente, imagine você que perdeu o dedão.
Fiquei receoso, mas... ELE RIU! E me respondeu que o dedão tem utilidade. Aí começou a sequência.
Poderia ser pior. Se você perdesse o dedo do meio, nunca mais iria oferecê-lo a quem não gosta. Eu disse. Frida entrou na brincadeira. Poderia ser pior. Se você perdesse o indicador, nunca mais iria poder tirar a cobertura do bolo de aniversário. Nessa hora ele já estava com um sorriso de orelha a orelha e dessa vez sincero. Se você perdesse o segundo dedo, sua mulher lhe mataria por causa da aliança. Se você perdesse o mindinho, nunca mais ia poder tirar cotoco do nariz. Ele teve uma crise de risos e disse que tirava com o dedão e que precisaria de ajuda da esposa agora, o que não seria tão ruim.
Contei essa história aqui porque jamais quero esquecer o que aconteceu e quero que quem leia jamais esqueça também que cuidar nem sempre está em um gesto, mas no simples ato de estar lá.

Não contei que acabei precisando de cuidados :'(

Um grande e fofo abraço do Michel.
Até a próxima!

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