domingo, 3 de julho de 2016

Juliete Confete, HUT, 01/07/2016

Eai, diário 

Sabe aqueles dias em que parece que tudo vai dar errado? Então, foi o dia de hoje.
Eu, Anita e Elyjeans, já não estávamos bem antes de começar, mas seguimos em frente pois aquele hospital precisava de nós.
Nos maquiamos, nos arrumamos e decidimos subir o nariz com uma música; eu já estava quase lá, quando de repente a música parou, não sei o que houve, mas minha energia abaixou instantaneamente, tentamos novamente, e a música parou de novo, até que conseguimos, mas eu não estava ainda totalmente, mesmo assim fomos.

Escutamos vozes lá do quarto e quando saimos, descobrimos a Patricia, cantora, famosa, descobrimos que ela que estava cantando a música que estavamos escutando e começamos a jogar com ela, pedimos autógrafo pois ela era famosa e a gente não podia perder essa oportunidade né? Mas ela não quis e nos levou pra o quarto da mãe dela, e lá ficamos, foi o melhor quarto, brincamos, dançamos, pedimos dinheiro a Patricia que estava anotando suas dividas verbas dos shows que tinha feito..
O corredor estava vazio, vários pacientes estavam dormindo, e o clima continuava estranho para mim.
Entramos em um quarto e conhecemos duas senhoras que foram maravilhosas, juntamente com I. uma assistente social que nos acompanhou no final (muito legal, por sinal). Acho que foi o quarto que nos deu uma luz, me deixou mais feliz e não deixou minha energia cair. Ao sair do quarto, conhecemos o Platão, um senhor que ficou muito feliz em nos ver, a expressão no rosto dele foi muito linda, ao dizer "olha as palhacinhas", ele estava surpreso, até colocou a mão no rosto. Conversamos sobre filósofos, e ele se despediu..
E assim fomos para o quarto, nós estavamos com fome e achamos na porta a palavra Respeito, que era um prato com carne e molho maravilhoso, mas quando abrimos, a moça disse que não sabia da existência :/ e então seguimos pra outra porta que tinha escrito sanitário, então entramos para descobrir se lá havia alguma comida. rsrs


Uma coisa que aconteceu nesse dia, foi um aprendizado pra mim, uma paciente disse não para nós, foi a primeira vez que aconteceu comigo, lembrei-me na hora de uma reunião, em que disseram que o "não" precisava ser interpretado como algo bom quando um paciente disser, pois ele ali está sendo imposto a tantas coisas sendo obrigados a dizer sim sempre, que a escolha de não querer que nós nos aproximassemos, era uma maneira dele finalmente poder negar. Enfim, é isso.

Muito obrigada, melhores companheiras do mundo, sem vocês não teria conseguido manter firme neste dia.


                                                    Beijos, Juliete Confete

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