Querido Diário de Bordo,
Chegou o momento de Bibi Oteca e Txequinaudo das Estrelas atuarem sem a companhia dos velhinhos. Apesar do frio na barriga e das inseguranças, foi ótimo!
Maquiagem feita, nariz subido, saímos do quartinho mágico e fomos percorrer os corredores. Nos quartos, encontramos muitas pessoas. Perguntamos seus nomes, suas histórias, do que mais sentiam falta. Conversamos sobre suas famílias, seus filhos, suas dores.
No meio do corredor, recebemos um belo de um "NÃO ESTOU PARA GRAÇA HOJE". Nós também não estávamos, uai! Ficamos ali um pouquinho com aquela senhora mal humorada, que nos contou que sua cirurgia tinha sido adiada pela segunda vez.
Ouvimos sobre a saudade de casa, a saudade dos filhos, a vontade de ficar bem logo.
O final do corredor nos aguardava com J. e F., como sempre! Muita música, dança e animação. Não só com eles, mas também com as duas moças simpáticas que acompanhavam o novo colega de quarto de J., o senhor L (que até pediu para tirar uma foto conosco!).
Muitos pacientes já estavam dormindo, e Bibi e Txequinaudo acabaram ficando com sono também... fim da primeira atuação solo!
Ao atuar sem nenhum monitor, pude perceber que: I) sempre vai dar certo, mesmo que não dê certo; II) cada clown tem seu modo de atuar: alguns fazem mais piadas, outros são mais de conversar. E todos os modos são válidos; III) depois de atuar todas essas semanas juntos, Txequinaudo e Bibi já funcionam como uma colônia! Em vários momentos, Txequinaudo disse exatamente o que eu estava pensando em dizer.
Mais uma semana se passou, com novos encontros e novos aprendizados. Estamos aprendendo a voar, Raimundo e Feliponga, com a ajuda de vocês!
Até a próxima atuação,
Bibi Oteca.
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