segunda-feira, 30 de julho de 2018

Rita Testinha, 3º andar HUT, 27/07/2018


  Foi de reencontros... mas agora tudo muda, pois tive novos companheiros. Como sempre cada um compôs a atuação com uma enorme singularidade. Houve entrega e grande disponibilidade em ambas as partes... ouvir pela segunda vez no semestre que temos o remédio para dor apenas com um dialogo é algo inexplicável e de imensurável valor.
  Porém, a parte mais emocional ainda conseguiu ser o relato de um pai de família com saudade de sua esposa e filha por estar impossibilitado de ver ambos por problemas burocráticos do hospital... eu passei por aquele quarto duas vezes anteriormente e aquele sorriso e disponibilidade jamais deixou que passasse pela minha cabeça que ele estava passando por tamanha dor. E é bem isso, sabe?! Quantos sorrisos as pessoas não transmitem todos os dias... sorrisos que camuflam dores e que apenas tentam desvencilhar-se de realidades que machucam... Ver seus olhos lagrimejando me tocou tão profundamente que minha vontade era de cair aos prantos junto com ele. Porém, conversamos, validamos a sua dor e tentamos o ajudar. Ao decorrer da conversa ele ainda nos falou da culpa que sentia por ele estar dirigindo e ter cochilado com seu amigo na garupa. Amigo esse que estava no mesmo quarto que ele e com o qual conversamos sempre. Quantos fardos carregamos, né?! As vezes tudo que precisamos é dividi-los com alguém, nem que seja por um simples momento. Depois daquela conversa tão intensa, o riso voltou... um riso choroso, mas verdadeiro.
   E a vida é bem isso... a gente chora, a gente ri e as vezes fazemos tudo simultaneamente e Deus vai cuidando da gente mandando anjos para nos ajudar a sustentar a barra.

Muitos beijos!
Inté a proxima...

Rita Testinha💛


 

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