Eram 9:40 de uma quarta-feira, quando no quartinho de descanso das
enfermeiras estavam Vareta e mais dois novos companheiros Zebrita
Pilé e Pedrinho Palito. Vareta veio comigo dentro de uma mochila
surrada, porém de muito valor, logo quando pode ele deu um salto e
já se fez presente, com os olhos arregalados, respiração acelerada
e o sorriso de sempre.
Era a sua primeira vez dentro de um hospital, sempre ouvira falar que
lá ficavam pessoas que não estavam muito bem de saúde, mas que
tinham muita força e espírito!
- “Pelos Deuses é muita responsabilidade, e se não gostarem, e se
não quiserem, e se... e se eu só for?!”
E assim o fez, foi com a ajuda de seus companheiros e viu que não
era nada tão complicado, não era um mostro, um bixo de sete
cabeças, era gente, gente como ele e os outros.
Sabe o que gente gosta? De conversar, seja lorota, histórias,
causos, até fuxico, gente gosta de falar e ser ouvida, e assim
Vareta o fez.
Foi até difícil ir embora, tão alegre que me fez ficar bobo com
tudo, desci as escadas sorrindo, passei nos corredores sorrindo,
sendo bobo para os outros e feliz para mim e para o Vareta.
E logo ele que gosta tanto de falar, nesse dia se fez ouvido, falou
pouco de boca, mas derramou de olhar.
Obrigado Zebrita e Pedrinho! Obrigado UPI! Obrigado pessoas dos
corredores!
Vareta e seu amigo dizem até logo!
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