sexta-feira, 7 de junho de 2019

Pipoca Bolota, Abraço Grátis, 26/05/2019


 Querido diário de bordo, hoje foi o dia da minha primeira atuação. Até pouco tempo antes de subir a energia, eu ainda me questionava sobre o que bem eu iria fazer, não exatamente isso, mas como eu iria me comportar para transmitir tudo que havia aprendido na formação. Foi ai que chegou o momento de subir a energia e colocar a máscara, naquele momento, tudo já não tinha mais importância, eu esqueci todas as minhas dúvidas e resolvi ser o Pipoca Bolota. Após isso, tudo era apenas uma fusão de afeto, carinho, emoção, alegria e plenitude. Os meus primeiros melhores companheiros foram essenciais para que Pipoca fosse Pipoca. Pipoca pareceu estar em transe, livre de qualquer amarra, pudor ou preconceito. Ele estava entendendo quem o era, que o seu alter-ego não fazia parte de sua construção, ou pelo menos não diretamente. Oze Metamorfose, inicialmente, pôs-se à frente e, num misto de indagação e dúvida, questionou o preço da primeira fruta que avistou, o valor não se comparava ao que estávamos ofertando: Abraços. Não é necessário pensar muito para saber que abraços são presentes inigualáveis. São pedaços físicos de afeto. É como comer algodão doce e saber que está experimentando um pedaço das nuvens do céu. Juju Bubaloo, por sua vez, ofereceu abraços aos vendedores de fruta presentes. Eles aceitaram e, com olhos semicerrados de felicidade, abrem suas bocas para falarem o quanto aquilo era bom, o quanto era importante. Todos se abraçaram. Karlinha Pintadinha, desta vez à frente, questiona-se como um homem consegue ser tão rápido em pegar uma moeda ou uma pequena bolinha de ferro de sua mão, que outrora havia batido o pé e acreditado suficientemente que era capaz de ser mais sagaz que o senhor que fazia os truques. Todos viram que não (e nem precisava). Diversão. Abraços Conversas. Laranja eram maçãs, uvas eram castanhas, manteiga era mel. O sentido de ser qualquer coisa é apenas desejar ser. Pipoca Bolota tomou conhecimento disso! As dúvidas já se esvaiam-se, tudo pareceu apenas fluir, como num conto de fadas que sempre sabemos que terminará bem, independente do que acontece no meio da história. E para o partir por estar atrasado para pegar o ônibus para a cidade das abobrinhas, o trem que também já estava saindo, ao som das marchinhas infantis, com boa noite e feliz natal sendo clamados, a platéia já se mostrava mais leve, feliz e enxergada. E isso já era o suficiente.

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