sábado, 15 de junho de 2019

Berta Testa, 1° andar HU, 10/05/2019


Pré-atuação:

Como sempre, ansiedade e nervosismo até mesmo na véspera. Dormi pensando nisso e acordei pensando nisso, porque ia ser minha primeira atuação, "e se eu não conseguir interagir com as pessoas?", além disso, tinha prova também...
Combinei com as meninas de levar o celular pra música e pegar a maquiagem. -- A única coisa que eu combinei, esqueci -- Sim... Esqueci meu celular, no carro, pela quinquagésima vez no mês. Têm se tornado recorrente, preciso ser mais cuidadosa 😕.
Mesmo assim, deu tudo certo. Avisei sobre minha condição pelo celular de um amigo e Fernanda Lima, minha monitora, resolveu tudo.
Depois de a esperar um pouco com Laurão e Jhulia na cantina, ela chegou e fomos para o HU.
Nunca tinha ido para lá, ou seja, nem sabia como era. Eu achei isso legal porque deixa a nova experiência mais nova ainda.
Entramos e fomos para o quarto das enfermeiras, Fernanda nos avisou sobre alguns atritos que existem pela divisão do quarto. Nos trocamos. Tomei um susto porque tinha esquecido que nos arrastaríamos juntas, mesmo com vergonha, acabou sendo besteira.

Logo depois, um pessoal que faz controle da qualidade ou sei lá, chegou pra analisar o quarto.
Quando eles saíram, terminamos nossa maquiagem e fomos para o banheiro, subir a energia. Como não tínhamos a música preparada -- perdão -- tivemos que procurar alguma na internet e ficamos um tempinho pensando em alguma animada, acabamos colocando Anitta. Bola Rebola?

Atuação:

Saímos direto pra um corredor e jogamos com o pessoal de lá mesmo, foi uma amostra de como seria. Brincamos com uma senhora, sobre o cajá da plantação dela, e com um menino, sobre seu belo penteado. Afinal, o São João do Vale estava chegando e todos merecemos um trato no cabelo como aquele.
Depois, começamos a entrar nos leitos. Sempre era algo diferente, mas, algumas coisas me marcaram:

- Entramos e em algum contexto, perguntamos se eles conheciam a Anitta, afinal, estávamos procurando por ela, perguntamos se uma senhora que lá estava gostava de Anitta, ela disse que gostava de um outro cantor.

Pedimos pra ela cantar uma música dele e ela disse que não tinha uma boa voz pra cantar, logo contestamos, Julie Tule disse:

- Também não tenho uma voz boa pra cantar, mas eu canto mesmo assim!

E começou a cantar Lady Gaga abrasileirada. Todos gostaram e isso pareceu encorajar a senhora, que depois de pedirmos novamente, começou a cantar "Entra na minha casa, entra na minha vida" do início e nós acompanhamos na voz e dançando também. Foi muito bom, pois, quando entramos, estava um clima chato de hospital e quando saímos, outra coisa, algo feliz.

Uma moça (lembro que eu fiquei com receio de falar algo errado com ela, devido à sua condição, ela estava com a perna amputada e bem triste) disse que parece que Deus manda esses anjos bons. Que quando ela acordou, estava pra baixo e depois da gente, bem melhor.

Isso me tocou bastante.
- Um senhor de Casa Nova, com netos e bisnetos, acompanhado pela nora, que estava bem tristinho e não conseguia se lembrar muito bem das coisas. Conversamos com ele e marcamos um almoço na terra dos vinhos.
- Um homem estava bem pra baixo, já tínhamos tentado falar com ele, mas ele não estava disponível. Um médico ou enfermeiro disse que a gente deveria tentar falar com ele, porque ele estava mal. Decidimos tentar, mas com cautela, porque ele era bem incisivo. Conversamos normalmente, porém, não conseguimos ir longe, já que ele não estava disponível.

Acabamos baixando nossa energia e Julie nos conduziu para o banheiro, pra que terminássemos de baixar a energia e discutíssemos o que teve de bom, o que teve de ruim e o que pode melhorar (Que Bom! Que Pena... Que Tal?).

Pós-Atuação:

Baixamos a energia, tiramos o nariz e conversamos. Algumas coisas foram pontuadas. Os momentos legais que tivemos e alguns pedidos, e, para mim:
Preciso falar mais alto.
Tiveram alguns toques que Lima me passou, por exemplo, tinha uma senhora um pouco triste e eu fiz uma pergunta que pudesse trazer algo ruim, devo evitar essa situação.
Quando fomos voltar para o quarto pra nos trocarmos, ele estava trancado e quase não entrávamos, porque uma pessoa não quis dar a chave, mas a outra colaborou. Nos trocamos e Lima emprestou um lenço umedecido (tenho que arranjar um pacote pra mim).

Enfim, um momento fora do comum, que parece nos colocar em outro universo 😝 Esqueci até que teria prova, quando estava lá.

P.S.:

Primeira vez que eu me sinto meu nome de clown.

Pegar televisão e ar condicionado e colocar debaixo da roupa é possível.

Vou ali atrás da Anitta e já volto.



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