Ver os pacientes novamente, foi muito bom, mesmo sempre desejando que eles melhorem logo e voltem para suas casa, e nisso fiquei sabendo de uma senhoria que há muito estava la, mas que nesse dia, ela já não estava, pois havia, finalmente, recebido alta, o que acabou sendo uma noticia muito gratificante para mim.
Hoje pudermos conhecer em um dos quartos, varias senhoras, cheias de histórias para contar, uma em especial, acompanhada de seu sobrinho-neto, estava a contar a historia de sua juventude, de como conheceu seu primeiro marido, o qual saiu de uma outra cidade para casar-se com ela, e a resgatar da roça, como a mesma havia desejado; foi quase como um conto de fadas, a sua historia, mas um pouco trágica quando perdeu seu marido, e um pouco cômica, quando conheceu o rapaz a qual apelidou de "leite ninho", pois no auge de seus 40 anos, já viúva, um rapaz de seus 16 anos, a queria tomar sua mão em casamento, mas a senhora, hoje com mais ou menos 80 anos, a qual estava nos contando a sua historia, disse que na época, com seus 40 anos, havia dito para esse rapaz, "leite ninho ta caro, não irei casar-me contigo", e então assim ficou conhecido para ela aquele menino apaixonado, o menino chamado "leite ninho". Sua historia, cheia de graça e bom humor, foi o que mais me marcou nessa noite de atuação, mas não somente essa, como a de uma outra senhoria, linda de tão gentil, dizia nunca ter sido elogiada, nem quando tinha seus 15 anos, ela dizia, mas estávamos la, meu grupo a elogiar, aquela senhora de grande coração e tamanha gentileza que não cabe a matemática conseguir medir tamanha imensidão.
Foi uma noite cheia, uma noite agitada, uma noite que esqueci dos problemas e de meus estresses, pude viver historias românticas, pude trazer sorrisos e gerar sorrisos. E devido a isso, mais uma vez, agradeço a UPI por me proporcionar essas oportunidades de enxergar o tanto de coisas belas que a vida tem a oferecer.
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