domingo, 4 de dezembro de 2022

Conceição Abdução, 1° andar do HU, 04/12/22.


Alô Alô, Marciano. 

A atuação de hoje foi maravilhosa. Muitos sentimentos novos, um pouco mais calma que da última vez e tantas conversas diferentes que fica até difícil de escrever aqui.


Que bonito foi ver o Pai falando com tanto orgulho do filho zeloso que agora cuidava dele. Que vontade de chorar junto com a Pescadora de corações que nos contou que deixou as filhas em casa cuidando do barquinho e veio para Petrolina cuidar do Pai.  Fiquei feliz pela moça que estava feliz por estar indo embora, e que até nos prometeu um banquete na casa dela em algum lugar lá da Boa Vista. Feliz por conseguir sentir coisas que não costumo sentir durante a correria da semana. Feliz por estar sendo tão bem recebida.

Tô amando esse processo de tentar entender quem é Conceição Abdução. Amando tanto que fico com vontade de atuar mais e mais e mais. Fico ansiosa como quem assiste uma novela e torce para que o outro dia chegue logo só para saber o que acontecerá no próximo capítulo daquela história.


Esse sentimento de descoberta é renovador e muito gostoso, mas também deixa a minha cabeça de pessoa insegura cheia de perguntas e paranoias. 


Como lidar com o sofrimento das pessoas? 


O que fazer quando alguém começa a chorar e a única coisa que passa na sua cabeça é vontade de abraçar e chorar também?


O que fazer quando a conversa ganha um rumo religioso? 


Como lidar com os momentos que a gente fica meio sem graça ou paralisados? 


Será que um dia vou parar de me sentir tão nervosa antes das atuações?


Será que um dia vou me sentir confiante? 


Será que tô indo pelo caminho certo?


Será que tô sendo uma boa companhia para os meus companheiros?  


Será que um dia vou conseguir as respostas para essas perguntas?


Ou será que a cada domingo essa lista vai aumentar? 


Por hoje é isso,


Muito obrigada, aos meus melhores companheiros Gema Jurema e Guido Ghosten. Mal vejo a hora de estarmos juntos novamente.  


Beijão, Conceição Abdução. 👽


"Eu vivia à flor da pele nem percebia

Que das vezes que eu ria era vontade de chorar

Chorar, chorar, chorar

Visto que você nunca me ligou

Mas pergunta por aí como é que eu tô De que tipo é o seu amor?"


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