Buum! supernova... poeira cósmica, uma nebulosa... e então, bem, nasci! Eu, Arraia, nasci e precisava conhecer o mundo, precisava sair. Há muito tenho assistido, observei e aprendi a pequena dança sutil que todos fazem: ~olhe, feche os olhos, olhe pra baixo, desvie o olhar, não seja julgado~ É organizado, é cíclico, mas não é padronizado (parece que a Incerteza gosta de fingir ser racional mas não pode ser mensurada), e ainda assim, precisava sair. E saí! Eu fui pra feira.
E eu tenho que dizer, minha primeira experiência no mundo aberto foi, no mínimo, instigante. Tinham tantos, uma multidão na mesma dança, dançando de ser gente. Me disseram pra ser diferente: "crie um novo ritmo, olhe e perceba, não desvie e não encare", e assim eu fiz (depois de hesitar bastante) e foi lindo:
"Não é o mesmo baile, seu louco" -pensei.
Todos dançavam, é verdade, mas nem de longe era a mesma coreografia: alguns brincavam, outros riam, alguns te ignoram, mas não realmente, tinha até os que faziam uma espécie de xote, o xote dos olhares: dois pra trás e dois pra frente, te davam liberdade e depois a retomavam. Era tamanha a variedade de pessoas que me vi perdido no espaço-tempo, viajando aleatoriamente entre as mentes. Insano, nunca estive tão seguro em estar tão vulnerável.
Por fim, voltei a realidade e mesmo ela não era mais igual, estava cheia de POSSIBILIDADES. Essa é a palavra: POSSIBILIDADES. Tudo poderia ser feito, tudo poderia ser sentido, como se o multiverso dos quadrinhos se tornasse real e fosse muito fácil de transitar, em questão de minutos viajei da senhora que vendia uvas em cachos de cabelo para um senhor cujo os conhecimentos sobre mel transbordavam a mente humana. POSSIBILIDADES. Foi real. Eu vivi. Não me esquecerei.
:)
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