“Tudo isso aconteceu, Acredite,
ou não... Inesperado!” (Lenine) =)
Pessoas super disponíveis, olhares lindos, momentos
inexplicáveis, e ouvir muito obrigado pela visita. Vocês estão aqui para
visitar quem? Vocês estão aqui todos os dias? Vocês fazem um trabalho muito
bonito! Trazem felicidade para esse local de dor! Foi muito gratificante. É ai
que descubro que é muito simples ser simples, mas que não somos muitas vezes
acostumados a sermos assim, e ai o difícil é fazer o simples, mas, hoje não...
Foi maravilhoso e muito fácil ser simples.
Ouvimos muitas histórias, e veio na minha memoria à frase
“a arte de ouvir também é a ciência de ajudar” (Joanna de Ângelis). Manu,
realmente descobriu que sendo o Clown Juju com um nariz mega vermelho ou sem
maquiagem, apenas Manú, ali era e é um dos seus lugares, que nesse momento da
vida é lá que as experiências vão lhe transformar em uma pessoa mais humana. Como
diz Santo Agostinho “Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer
coisa para dar” e é bem isso que elas têm (Juju/Manu).
Durante a atuação, três momentos me fizeram pensar na
real importância e significância de profissionais da saúde, serem realmente
humanos, nada mais, nada menos que HUMANOS! 1º Uma simples brincadeira se
transformou em uma festa com bolo de chocolate com recheio de morango, torta de
abacaxi, brigadeiro e beijinho com vários adultos que compraram o jogo e
mergulharam em suas lembranças. 2º Receber muito obrigado pela visita foi tão
bom, ainda não tinha recebido visita de ninguém hoje e o 3º aquela imagem de
uma mulher entrando em parto, despida, sofrendo, com vários estudantes de
enfermagem prontos para ajuda-la.
O terceiro momento me fez pensar na vulnerabilidade dos
seres humanos, pois inicialmente, achei muito legal saber que havia tantas
pessoas acompanhando a gestante. Contudo, ao parar para refletir àquela cena,
fiquei me questionando se a gestante, estava não só despida de suas
vestimentas, como também de sua humanidade? Tirei várias lições de vida a
partir daquela imagem.
Precisamos sempre um dos outros, o homo patiens exige um medicus
humanus. O homem que sofre exige o médico humano, que não trata apenas como
médico, mas também como homem, como dizia Victor Frankl. Recordei do versículo
de Mateus que diz “Ame o seu próximo como a si mesmo”. É com ele que finalizo
bem o meu diário. Mais do que tudo, quero explicitar minha gratidão por ter a
oportunidade de atuar como clown, mostrando um pouco de Manu vestida de Juju.
Foi
muito bom saber que minha melhor companheira do mundo Vanda se permitiu se
jogar no vazio e dividir aqueles momentos únicos comigo e juntas conseguimos
superar a aflição de atuar sem monitor naquela segunda-feira.
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