Um negócio doido que faz a gente
subir a energia antes mesmo de subir o nariz. Isso! Foi assim que eu me senti. Tantas
coisas conspiraram pra não conseguir atuar nesse dia e no fim, tanta coisa numa
só. A possibilidade de reencontrar o olhar de Catarina Polenta nos corredores
foi algo que começou a contagiar ainda no caminho pra chegar ao quartinho onde
fomos nos trocar. Roupas no lugar, maquiagens e energia alta. Subimos o nariz
cantando e fomos surpreendidos por alguém que entrava naquele lugarzinho... os
encontros parecem que estavam procurando a gente antes mesmo de sairmos de lá.
E assim foi sendo, o moço do isolamento que imitava um tantão de bichos, a dona
Zzzzzilma com um monte de pães que nunca chegava na nossa barriga, a recepção
da chefe dos pombos (que insistiam em fazer aquele círculo branco no meio do
corredor pra decidir quem dá banho em quem), o Sr. parente do Airton Sena que
foi o único a nos oferecer comida naquela noite...
Ali estavam cada um, do seu
jeito, nos mostrando um pouquinho do que traziam consigo e convidando-nos a um
encontro sincero. Além das comidas, das brincadeiras e gargalhadas... um fato especial deu um gostinho doce àquela
noite. Entrar no quarto da moça que (diferente de muitos ali que estavam com dores
físicas, lesões visíveis, vítimas de acidentes, etc) tinha chegado ali por uma
depressão e se quer levantava da cama na semana anterior, nem queria se
alimentar... vê-la sentada, comendo, abrindo um sorriso largo ao nos ver e
dizer pra Santiago “ Ei, to lembrando de vocês, viu?". Isso me encheu de energia e os muitos outros
sorrisos dela nessa noite me fizeram pensar que ainda que nada mais desse
certo, algo já tinha feito aquela ida ao HUT valer a pena.
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