Esta postagem é uma carta de despedida, e ao mesmo tempo, uma carta de agradecimento.
Por alguns bons meses, atuei com Mariqueta, com seu jeito energético e forma firme de falar; seus adornos floridos e seu macacão de versão falsificada de Mario; seu riso e seu nariz vermelho. Nós rimos, saímos de jogos altos para baixos, dos baixos para os altos; visitamos pacientes que nos abraçaram e aqueles que fingiram estar dormindo só para que nos não os incomodassem. Enfrentamos a primeira atuação sem monitor. Nos maquiamos, levantamos os narizes, usamos a vitrola ( e saímos de ouvidos intactos ), conversávamos, e ouvíamos a nos mesma tudo o que era bom ou menos bom.
Ela de energia alta, eu de energia baixa...Tudo bem, no meio do caminho a gente se encontra. Palhaço que é palhaço se vira com o que tem,e mais ainda com o que não tem- já viu algum deles tirar um baú de dentro do bolso? Eu não. Até sem nariz eu já atuei - sim, e porque não ? E também já ficamos sem atuar, cuidar do outro é tão importante quanto cuidarmos de nós mesmos.
Aprendi muito e espero conseguir atuar novamente com ela. Mas é como dizem, que tudo seja eterno enquanto dure. Nesta vida, estamos em constante movimento. O tempo lapida lentamente aquilo que nem percebemos. Muito do que aprendi,foi com as atuações, foi com Mariqueta.
Quando um ciclo de fecha, outro se abre. Agora, as atuações serão na presença de Inês Tamburete e Magali Malagueta. Entramos em sintonia, mas que palhaço não está sintonizado na mesma rádio?
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