terça-feira, 18 de novembro de 2014

Vivi Manteiguinha -Dom Malan - 15/11/2014

Estreia, se pode se chamar assim. Enfim comecei minhas atuações no Dom Malan, ambiente diferente, ares novos, possibilidade de novos encontros e novas companhias.  Ver aqueles diversos corredores tão diferentes do traumas me fizeram perder um pouco da acomodação de sempre atuar lá; a oportunidade de jogar com o novo. E lá fui eu com Pedrinho Palito, brincando com a mulher da recepção, as moças da farmácia e suas toucas super estilosas; de caminhar pelo corredor e visitar todos os quartos com nomes de personagens infantis. Logo de cara encontramos uma pequena muito especial, tagarela, com um brilho no olhar tão lindo, que encucou que a calça de Pedrinho Palito era de mulher e que venderam errado, que perguntou porque nossos lábios eram coloridos e por que nossos narizes eram vermelhos;  que não queria nos deixar ir “ei, vem aqui, vamos conversar mais um pouquinho?”, e que me fez sentir vontade de passar o tempo todo lá conversando com ela; mas os outros quartos também mereciam nossa atenção. Encontramos também com o pessoal do circo, o pai estava mais empolgado do que o filho ao mostrar todas as fotos tiradas a Pedrinho Palito, que poderia seguir a carreira de malabarista. Em outro quarto brincamos com várias crianças que nos olhavam com aquele olhar de curiosidade, e encontramos com um bebê que ao me ver cai na gargalhada e ficava sério ao ver Pedrinho. Vivi Manteiguinha 1, Pedrinho Palito 0.


Mas ao final de tudo me vieram indagações, como lidar com aquelas crianças que se assustam e choram ao nos ver? Digo que ainda fico meio perdida; jogar com adultos é totalmente diferente de jogar com crianças.  E ainda me vem o sentimento de impotência e um pouco de angústia ao ver todos aqueles pequeninos sofrendo de algum modo, sentimento que eu tinha antes, mas não se mostrava tão expressivo como agora.

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