quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Diário de Bordo - 22.11.14 - Hospital Dom Malan - Pedrinho Palito

Opa diário, dessa vez venho trazer palavras de um outro alguém que hoje faço palavras minhas, e que há uma relação bem forte com o dia dessa atuação e com as pessoas que encontrei ali, seja uma mulher no quarto de isolamento, um menino construtor e conversadeiro (o que ocupou mais da metade da atuação), encontro de caminhões, desenhistas, até aqueles mais fechados, e olha que isso vinha acontecendo desde o banheiro quando estavamos nos maquiando, até o momento de subir o nariz em uma cabine de banheiro hehehe,,,

“Que lindos olhos de azúl inocente os do pequenito do agiota!
 Santo Deus, que entroncamento esta vida!
 Tive sempre, feliz ou infelizmente, a sensibilidade humanizada.
 E toda a morte me doeu sempre pessoalmente,
 Sim, não só pelo mistério de ficar inexpressivo o orgânico,
 Mas de maneira directa, cá do coração.
 Como o sól doura as casas dos réprobros!
 Poderei odiá-los sem desfazer no sol?
 Afinal que coisa a pensar com o sentimento distraído
 Por causa dos olhos de criança de uma criança...”

Álvaro de Campos,A Sensibilidade Humanizada


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