domingo, 1 de setembro de 2013

Diário de Bordo de Joaquim Marmiteiro - HUT - 27/08/13


Alcançamos o estado de clown ao som de uma música country. O violão e a percussão de músicas desse estilo musical trazem a mim um espírito nostálgico e familiar. Energia boa. E talvez seja esse o motivo de eu me sentir tão a vontade no ambiente hospitalar. Foi a primeira vez que agi com essa desinibição por minha parte, Joaquim Marmiteiro, situação que há muito se apresentou incaracterística no meu eu.

Meus companheiros Zeca Aventureiro e Josefina Perna Fina me ajudaram a tocar pontos inalcançáveis. O cantar brega de um indivíduo ordinário, um desfile de passarela relacionado com as estações, o sorriso de um senhor que sempre carregava consigo seu bom humor. É tudo indescritível demais para se pontuar com palavras. São relances de esperança acoplados com otimismo. E que otimismo mágico. Percebo, hoje, que os acontecimentos das atuações são permeados de uma fantasia totalmente exterior ao que entendemos como realidade. Sábio é aquele que entende que essa fuga é uma saudável atitude de sagacidade.

Uma fuga sem pré-requisitos materiais.

Uma fuga com apenas pré-requisitos espirituais.


Nosso amigo Wagner (ou Zeca Manivela, como também é conhecido), que hoje é aposentado da UPI, me afirmou que um vagalume no topo de uma montanha é um mar de esperança para alguém que busca o bem. A atuação foi um vagalume que há muito tempo eu procurava desesperadamente. 


Fico feliz em dizer que saio com essa minha bateria recarregada.


Joaquim Marmiteiro

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