Alcançamos o estado de clown ao som de uma música country. O
violão e a percussão de músicas desse estilo musical trazem a mim um espírito
nostálgico e familiar. Energia boa. E talvez seja esse o motivo de eu me sentir
tão a vontade no ambiente hospitalar. Foi a primeira vez que agi com essa desinibição
por minha parte, Joaquim Marmiteiro, situação que há muito se apresentou incaracterística no meu eu.
Meus companheiros Zeca Aventureiro e Josefina Perna Fina me
ajudaram a tocar pontos inalcançáveis. O cantar brega de um indivíduo ordinário,
um desfile de passarela relacionado com as estações, o sorriso de um senhor que
sempre carregava consigo seu bom humor. É tudo indescritível demais para se
pontuar com palavras. São relances de esperança acoplados com otimismo. E que
otimismo mágico. Percebo, hoje, que os acontecimentos das atuações são
permeados de uma fantasia totalmente exterior ao que entendemos como realidade.
Sábio é aquele que entende que essa fuga é uma saudável atitude de sagacidade.
Uma fuga sem pré-requisitos materiais.
Uma fuga com apenas pré-requisitos espirituais.
Nosso amigo Wagner (ou Zeca Manivela, como também é
conhecido), que hoje é aposentado da UPI, me afirmou que um vagalume no topo de
uma montanha é um mar de esperança para alguém que busca o bem. A atuação foi
um vagalume que há muito tempo eu procurava desesperadamente.
Fico feliz em
dizer que saio com essa minha bateria recarregada.
Joaquim Marmiteiro
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